Hunter Biden perde tentativa de arquivar acusações relacionadas a armas e será julgado em junho
Por Tom Hals
WILMINGTON, Delaware (Reuters) - Um painel de um tribunal de apelações federal rejeitou a tentativa do filho do presidente dos EUA, Joe Biden, de arquivar acusações criminais relacionadas a armas, abrindo caminho para o julgamento de Hunter Biden em 3 de junho, o primeiro de um filho de um presidente em exercício.
Um painel de três juízes do Tribunal de Apelações para o Terceiro Circuito na Filadélfia disse que Hunter Biden não pode recorrer porque a corte inferior ainda não proferiu uma decisão final sobre o caso.
Pouco depois da decisão do tribunal de apelações, a juíza Maryellen Noreika ordenou que o julgamento de até seis dias comece em 3 de junho, em Wilmington, Delaware.
"Ao revisar a decisão do painel, acreditamos que as questões envolvidas são importantes demais e que outra análise da nossa solicitação é apropriada", disse Abbe Lowell, advogado de Hunter Biden, em um comunicado.
O comunicado não especificou se Hunter Biden vai pedir que o plenário do tribunal de apelações da Filadélfia analise a decisão do painel.
Hunter Biden recorria de ordens emitidas por Noreika no mês passado. A juíza negou pedidos de rejeição de duas acusações contra Hunter Biden, por mentir sobre o uso de narcóticos ilegais quando comprou uma pistola Colt Cobra em 2018, e uma terceira, por posse ilegal daquela arma.
A equipe jurídica de Hunter Biden argumentou que o tribunal inferior tinha que aguardar a decisão da corte federal de apelações antes de avançar com o julgamento.
Hunter Biden pode pegar até 25 anos de prisão pelas acusações relacionadas às armas.
O julgamento será realizado em um momento em que Joe Biden intensifica sua campanha à reeleição.
Enquanto isso, o candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump, está sendo julgado em Nova York por acusações criminais de acobertar ilegalmente um pagamento de 130.000 dólares a uma estrela pornô para mantê-la em silêncio antes da eleição de 2016.
Hunter Biden também enfrenta acusações criminais por impostos na Califórnia.
(Reportagem de Tom Hals em Wilmington, Delaware)
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