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Fundação na década de 1950 e polêmica com Bolsonaro: a história da Ypê

Detergente Ypê - Reprodução/Facebook
Detergente Ypê Imagem: Reprodução/Facebook
do UOL

Colaboração para o UOL

09/05/2024 13h34

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a comercialização, distribuição e o uso de alguns lotes de todas as versões do detergente Ypê. Criada há 74 anos, a empresa está entre as mais escolhidas do Brasil e já teve o nome envolvido em polêmica com Bolsonaro.

Origem no interior de São Paulo

Empresa, que pertence à Química Amparo, foi criada por Waldyr Beira, em 1950. Segundo informações do site da Ypê, história da marca começou na cidade de Amparo, no interior de São Paulo, com a criação do tradicional sabão em barra Ypê.

Nome da marca faz referência à "incrível árvore-símbolo do Brasil, o Ipê", ainda de acordo com o site.

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Ypê foi fundada por Waldyr Beira, em 1950
Imagem: Reprodução / Ypê

Portfólio robusto. Entre produtos para a casa e de higiene pessoal, Ypê tem em seu portfólio detergente, desinfetante, água sanitária, alvejante, amaciante, panos, lenço umedecido, esponjas, sabonetes, entre outros itens.

Entre as mais escolhidas do Brasil. Ao lado de Coca-Cola e Perdigão, a Ypê apareceu entre as marcas mais escolhidas pelos brasileiros, segundo a 11ª edição do ranking Brand Footprint, elaborado pela Kantar. Companhia chega a 95% dos lares do país — ou mais de 55 milhões de famílias brasileiras.

Fábricas espalhadas pelo Brasil. Também segundo o site da empresa, a Ypê tem fábricas em Salto (SP), Simões Filho (BA), Anápolis e Goiânia (GO), Itajubá (MG) e Itapissuma (PE), além de um centro de distribuição em Extrema (MG).

Fábrica da Ypê - Reprodução / Ypê - Reprodução / Ypê
Fábrica da Ypê
Imagem: Reprodução / Ypê

Polêmica com Bolsonaro e acusação de racismo

Em outubro de 2022, doações de campanha feitas pela família controladora da marca Ypê ao então presidente Jair Bolsonaro (PL), na época candidato à reeleição, geraram críticas — e também manifestações de apoio — à marca nas redes sociais. Segundo dados publicados no portal de transparência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), três membros da família Beira que integram o conselho de sócios da Ypê doaram quantias a Bolsonaro que somam R$ 1 milhão.

Jorge Eduardo Beira, vice-presidente de operações da empresa, doou a maior quantia —- R$ 500 mil. Ele aparece como a 15ª pessoa física que mais transferiu dinheiro a Bolsonaro na ocasião. Já Waldir Beira Júnior, presidente do conselho, e Ana Maria Beira, integrante dos conselhos de sócios e administração, doaram R$ 250 mil cada.

Já em dezembro do ano passado, a marca de produtos de limpeza foi acusada de racismo por instalar uma escultura de uma mão segurando um limpador multiuso em um bairro de Salvador, na Bahia. Críticas apontaram que a mão era negra.

Na ocasião, a marca divulgou uma nota afirmando que "repudia qualquer tipo de manifestação preconceituosa e racista" e que a escultura remetia à Mãozinha, da Família Addams, que já havia aparecido em outras campanhas da Ypê. Nos comerciais, no entanto, a Mãozinha era branca.

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