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Lula vai ao RS e governador diz que 'momento não é apenas de sobrevoos'

do UOL

Do UOL, São Paulo

02/05/2024 10h22Atualizada em 02/05/2024 16h17

Após o presidente Lula (PT) anunciar ida ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (2), o governador Eduardo Leite (PSDB) reforçou que ''o momento não é apenas de sobrevoos''. A visita ocorre em meio as fortes chuvas que atingem o estado.

O que aconteceu

O governador afirmou que é preciso somar todos os esforços e que a ''articulação é para salvar vidas''. ''Estou embarcando neste momento para Santa Maria, onde encontrarei o presidente. Não é momento apenas de sobrevoos'', disse Leite no X (Antigo Twitter), horas antes da chegada de Lula, que desembarcou na cidade por volta das 11h.

Leite disse estar trabalhando para a mais ''absoluta perfeita sintonia possível'' entre as Forças Armadas e o estado do Rio Grande do Sul. ''As aeronaves do Exército que deveriam chegar ontem ainda não conseguiram chegar, mas já chegou uma de São Paulo. A gente aguarda os reforços das Forças Armadas para o resgate de pessoas'', falou em vídeo publicado.

Aeronaves não conseguiram entrar em operação devido às condições climáticas. "Todas as aeronaves que existem nas Forças Aéreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram mobilizadas, vamos deslocar aeronaves do Paraná, mas infelizmente elas não conseguiram trabalhar porque não puderam pousar", explicou o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, em entrevista à GloboNews, nesta quinta-feira (2).

Lula foi até o local com ministros e disse querer verificar as áreas atingidas e desenvolver ações em conjunto. "Para que a gente possa ajudar de forma efetiva a diminuir o sofrimento desse povo", disse o presidente em ligação com o governador. Um trecho da conversa foi divulgado nas redes do petista.

Presidente participa de uma reunião com a Defesa Civil. Governo federal, Prefeitura de Santa Maria, governo estadual e secretários do estado se reúnem para ''coordenação das operações de resgate'', escreveu Pimenta nas redes sociais.

Situação das chuvas

13 mortes já foram confirmadas desde o último sábado (27). 114 municípios foram afetados, com 12 feridos, 5.257 desalojados.

Eduardo Leite decretou estado de calamidade pública. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial na noite de quarta-feira (1º).

Há 21 desaparecidos em cinco cidades: Candelária (8), Encantado (6), Roca Sales (4), São Vendelino (2) e Salvador do Sul (1).

Em Putinga, a 210 quilômetros de Porto Alegre, há risco de rompimento de barragem. A prefeitura da cidade informou que em caso de rompimento da barragem Santa Lúcia, que está desativada, 60% da cidade seria afetada. As autoridades monitoram a situação de vazão. A cidade, de 3.747 habitantes, está sem energia elétrica e com oscilação de sinal de telefonia.

Usinas em situação de atenção. As barragens de Monte Claro, Castro Alves estão em estado de atenção. Houve acionamento de sirenes próximas a barragem 14 de Julho, localizada entre Cotiporã, Veranópolis e Bento Gonçalves, para que moradores evacuem a região. A situação por lá é de alerta.

Defesa Civil orienta população a se prevenir. ''É importante que a população adote medidas preventivas como permanecer em casa, se puder, evitar atravessar áreas alagadas ou inundadas e procurar prestar auxílio a pessoas vulneráveis (idosos, pessoas doentes ou com dificuldade de mobilidade).''

Fortes chuvas impactam no abastecimento de água. De acordo com a companhia de saneamento do estado, Corsan, 257 mil imóveis em 25 municípios foram afetados pela falta de água.

O sistema de abastecimento de água é comprometido por alagamentos e falta de energia elétrica. Segundo a última atualização, as regiões Central e Nordeste do estado são as mais afetadas.

Aulas foram canceladas no estado. A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul comunicou que toda a rede estadual de ensino está com as aulas suspensas no dia 2 e 3 de maio.

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