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Ibovespa fecha em queda com cautela antes de Fed em feriado

30/04/2024 17h04

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, perdendo o patamar dos 126 mil pontos, com agentes financeiros cautelosos antes de conhecer o desfecho da reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos, principalmente quanto a eventuais sinais do Federal Reserve sobre seus próximos passos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,12%, a 125.924,19 pontos, encerrando abril com uma perda acumulada de 1,7%, no segundo desempenho mensal negativo seguido. Na máxima do dia, chegou a 127.351,62 pontos. Na mínima, a 125.855,79 pontos.

O volume financeiro somou 23,7 bilhões de reais.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed divulga na quarta-feira decisão de juros, mas as atenções estarão voltadas ao comunicado e às declarações do chair Jerome Powell na coletiva à imprensa em seguida, uma vez que a previsão é de manutenção da taxa juro na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano.

Na bolsa paulista, porém, a repercussão ficará apenas para a quinta-feira, uma vez que a B3 estará fechada na quarta-feira em razão do feriado do Dia do Trabalho no Brasil.

Segundo a sócia e especialista da Blue3 Investimentos Leticia Cosenza, o mercado no Brasil acompanhou outras praças acionárias mundiais nesta sessão, com investidores adotando cautela antes da fala de Powell, em especial diante da chance de ele reforçar um cenário com juros mais altos por mais tempo.

Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário nos EUA, fechou em baixa de 1,57%. Os rendimentos dos títulos de 10 anos do Tesouro norte-americano subiam a 4,6819% no final desta tarde, de 4,612% na véspera,

De acordo com a equipe da Ágora Investimentos, citando projeções de mercado, é improvável que Powell alivie as preocupações dos investidores em meio aos dados de inflação elevados e aos sinais de força na maior economia do mundo.

"Considerando que amanhã será a agenda mais importante da semana e nossos mercados estarão fechados em virtude do feriado, é improvável que os investidores estejam dispostos a aumentar consideravelmente a parcela de risco em seus portfólios durante a sessão", observaram em nota a clientes.

DESTAQUES

- SANTANDER BRASIL UNIT destoou da tendência na bolsa e valorizou-se 2,74%, a 28,90 reais, em meio à análise do balanço do primeiro trimestre, que mostrou alta de 41,2% no lucro líquido. A margem financeira bruta da instituição como um todo foi de 14,8 bilhões de reais, aumento de 14,5%. Na máxima, a ação chegou a saltar 5%. Na visão de analistas do JPMorgan, foi um bom trimestre, com o banco mostrando uma dinâmica de rentabilidade melhorada.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 1,88%, a 31,36 reais, e BRADESCO PN, que divulga seu balanço na quinta-feira, antes a abertura do mercado, encerrou com variação negativa de 0,43%, a 14,00 reais.

- MULTIPLAN ON perdeu 4,19%, a 22,89 reais. Analistas do Citi citaram afirmaram que o Ontario Teachers' Pension Plan (OTPP), que faz parte do grupo de controle da empresa com 27,4% das ações até o último dia 31 de março, reduziu sua participação na empresa para 18,5% com a venda de um bloco de ações, redução máxima já que as ações remanescentes estão vinculadas ao acordo de acionistas. "Lendo o acordo de acionistas, nossa interpretação é que o investidor pode vender os 18% restantes, mas permitindo uma janela de 120 dias para o outro acionista controlador da Multiplan exercer ou não o direito de preferência", citaram.

- VALE ON fechou com declínio de 0,95%, a 63,29 reais, em dia de queda dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na bolsa de Dalian cedeu 0,5%, para 870,50 iuanes (120,19 dólares) por tonelada.

- PETROBRAS PN recuou 0,31%, a 42,02 reais, após renovar máximas históricas, tendo como pano de fundo a queda dos preços do petróleo no exterior. No exterior, o petróleo Brent caiu 0,6%. Investidores também analisaram dados de produção da companhia no primeiro trimestre.

- MAGAZINE LUIZA ON caiu 6,21%, a 1,36 real, afetada pelo alta na curva de juros local, além do ambiente ainda desafiador para o setor. CASAS BAHIA ON, que disparou na véspera após pedido de recuperação extrajudicial, que deve aliviar seu caixa, terminou em baixa de 6,16%, a 6,85 real.

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(Por Paula Arend Laier)

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