Integrantes de banco venezuelano são presos em caso de corrupção de estatal de petróleo
CARACAS (Reuters) - O gabinete do superintendente de bancos da Venezuela afirmou nesta segunda-feira que mandados de prisão foram emitidos para funcionários do Bancamiga, ligando o banco a um escândalo de corrupção que envolve a empresa estatal de petróleo PDVSA.
O gabinete não menciona os nomes dos indivíduos que foram alvos dos mandados de prisão, mas o veículo local Ultimas Notícias, ligado ao partido governista do país, disse no sábado que os irmãos Daniel José, Levin Salvatore e Carmelo de Grazia Suárez, principais acionistas do Bancamiga, foram presos.
O ex-ministro venezuelano do Petróleo, Tareck El Aissami, foi preso neste mês por suposta corrupção na PDVSA e acusado de traição e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
No ano passado, autoridades começaram a investigar a corrupção na PDVSA, que acumulou bilhões de dólares em contas a receber vinculadas a dezenas de intermediários pouco conhecidos em meio a sanções dos EUA.
O gabinete do superintendente de bancos acrescentou em comunicado publicado nas redes sociais que o escritório do procurador-geral emitiu "mandados de prisão contra autoridades do Bancamiga por suas participações neste sério esquema de corrupção", referindo-se ao caso da PDVSA.
O gabinete do procurador-geral não respondeu ao pedido da Reuters por comentário em um primeiro momento.
O Bancamiga é o sexto maior banco do país e tem depósitos avaliados em 290 milhões de dólares, segundo estimativas de consultores locais.
(Reportagem de Mayela Armas)
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