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COI se reúne para decidir sobre participação de atletas russos e bielorrusos nos JO Paris 2024

19/03/2024 05h57

O jornal Le Monde que chega às bancas nesta terça-feira (19) traz uma entrevista com o alemão Thomas Bach, presidente do do Comitê Olímpico Internacional. A comissão executiva do COI se reúne nesta terça e quarta-feira (20) para debater questões como a participação de atletas russos e bielorrussos nos Jogos Paris 2024.

O jornal Le Monde que chega às bancas nesta terça-feira (19) traz uma entrevista com o alemão Thomas Bach, presidente do do Comitê Olímpico Internacional. A comissão executiva do COI se reúne nesta terça e quarta-feira (20) para debater questões como a participação de atletas russos e bielorrussos nos Jogos Paris 2024.

A quatro meses do evento, Thomas Bach diz estar satisfeito com o trabalho de preparação feito pelo comitê organizador francês. "Tudo foi muito bem antecipado", afirma.

Sobre a redução do número de espectadores na cerimônia de abertura do dia 26 de julho para 326 mil pessoas, Bach acredita que "o ambiente e a emoção não serão determinados pela quantidade de pessoas nas bordas do rio Sena".

Já sobre a presença de esportistas russos nas embarcações juntamente com os demais atletas, Bach explica que o assunto será debatido na reunião que começa nesta terça no COI, assim como a estrutura que será necessária para o controle e participação de esportistas sob bandeira neutra. Os atletas em questão só poderão competir como indivíduos, o que efetivamente proíbe qualquer demonstração de poder esportivo russo nos eventos de equipe, e eles não devem ter apoiado ativamente a ofensiva russa na Ucrânia - um ponto verificado duas vezes pelas federações internacionais e depois pelo COI.

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Thomas Bach informa que não há qualquer interação com o Comitê Olímpico russo, que foi suspenso, tampouco com o Kremlin. Mesmo assim, o Comitê está ciente de "comentários agressivos por parte do governo russo". Bach acrescenta ainda que "um boicote nunca é bem vindo, pois atletas não podem ser responsabilizados coletivamente por atos de seu governo". Porém, "se eles apoiam esses atos, serão sancionados. Se não, eles têm os mesmos direitos que os outros", pondera.

O presidente do COI cita como exemplo o tenista russo Daniil Medvedev que vai disputar Roland Garros e já disse que ficaria feliz de participar dos Jogos Olímpicos de Paris.

Quanto ao conflito entre o Hamas e Israel no Oriente Médio, Thomas Bach explica ao Le Monde que "contrariamente aos russos, o Comitê Olímpico israelense não violou a Carta Olímpica". Já "o Comitê Olímpico russo quer exercer a sua autoridade nas regiões anexadas por Moscou, o que significa violação da integridade territorial da Ucrânia", aponta.

Bach diz estar em contato com os comitês nacionais olímpicos israelense e palestino e que ambos já manifestaram interesse em participar dos Jogos de Paris 2024. "O esporte deve ser uma ferramenta de paz e reconciliação", espera. "Nós não somos uma organização política e para continuarmos fiéis aos nosso valores, devemos ser politicamente neutros", finaliza.

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