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Ex-presidente da Volkswagen será julgado por manipulação de preços

Martin Winterkorn é acusado pela justiça no caso "dieselgate" - Michael Sohn/Ap
Martin Winterkorn é acusado pela justiça no caso "dieselgate" Imagem: Michael Sohn/Ap

Em Frankfurt (Alemanha)

24/09/2020 12h09

Martin Winterkorn, ex-presidente da Volkswagen acusado pela justiça no caso "dieselgate", terá que responder a uma nova acusação de manipulação de mercado, anunciou hoje o tribunal de Brunswick, na Alemanha.

O tribunal manteve inicialmente a acusação de fraude contra Winterkorn, mas ele também será julgado por manipulação do mercado de ações, anunciou o tribunal alemão.

Depois de examinar a acusação, o tribunal considerou que Winterkorn "intencionalmente não informou a tempo o mercado de capitais" sobre o risco de uma multa, conhecido "desde a primavera de 2015", por causa de 500.000 veículos manipulados que foram introduzidos no mercado americano.

A manipulação dos programas dos veículos a diesel foi anunciada em uma nota publicada em 18 de setembro de 2015 pela EPA (agência ambiental dos Estados Unidos).

As empresas cotadas na Bolsa são obrigadas a publicar comunicados aos investidores sobre qualquer acontecimento que possa influenciar no preço das ações.

Uma fonte próxima a Volkswagen explicou que os diretores do grupo, ao examinarem o caso dos motores supostamente manipulados nos Estados Unidos em julho de 2015, estimaram que uma eventual multa não seria de valor significativo a ponto de exigir uma comunicação imediata ao mercado.

Finalmente, o grupo teve que concordar em junho de 2016 com uma compensação de US$ 14,7 bilhões (R$ 82 bilhões) para compensar os clientes nos Estados Unidos.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do publicado no último parágrafo, a multa paga em 2016 foi de cerca de R$ 82 bilhões, e não de R$ 82 milhões. A informação foi corrigida.

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