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Trump reconhece que aceitaria informações da Rússia ou China sobre seu rival

12/06/2019 23h41

Washington, 12 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu nesta quarta-feira que, quando chegasse a hora, aceitaria as informações que países como a Rússia ou a China poderiam oferecer sobre seu rival democrata nas eleições de 2020.

Em entrevista à emissora de TV "ABC", Trump afirmou que gostaria de escutar essa informação hipotética que a Rússia ou a China possam oferecer. "Não há nada de errado em ouvir", disse.

"Se alguém ligasse de um país, a Noruega, 'temos informações sobre seu rival', ah, acho que eu gostaria de ouvir isso", confessou o presidente.

"Isso não é uma interferência, eles têm informações, acho que a receberia. Se achasse que houvesse algo errado, então eu levaria para o FBI", acrescentou Trump.

O presidente também disse que os membros do Congresso usam esse tipo de prática o tempo todo. "Todo mundo faz isso", disse ele.

Uma situação muito semelhante à descrita por Trump ocorreu em sua campanha presidencial de 2016 e gerou uma grande controvérsia.

Seu filho mais velho, Donald Trump Jr., se encontrou em junho de 2016, na Trump Tower, em Nova York, com um advogado russo que supostamente lhe ofereceu informações do Kremlin para prejudicar sua adversária, a democrata Hillary Clinton.

Trump Jr. reconheceu que esperava obter informações comprometedoras sobre Hillary naquela reunião, mas que o advogado russo não lhe deu nenhuma informação.

O conselheiro e genro de Trump, Jared Kuschner, e o gerente de campanha do presidente, Paul Manafort, que cumpre uma pena de sete anos e meio de prisão por vários crimes financeiros, também participaram da reunião.

Hoje, o primogênito do presidente voltou a comparecer perante o Comitê de Inteligência do Senado a portas fechadas para falar sobre o encontro.

Antes de entrar na audiência, Trump Jr. disse aos repórteres que não tinha "nada para retificar" sobre sua primeira declaração perante o comitê em 2017, quando disse que o advogado não lhe forneceu "informações relevantes". EFE

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