Topo
Notícias

Mãe faz campanha na web por respirador para filha com paralisia

Alicia (à direita) e a irmã Martinne, que também sofreu paralisia cerebral em decorrência do nascimento prematuro - Acervo pessoal
Alicia (à direita) e a irmã Martinne, que também sofreu paralisia cerebral em decorrência do nascimento prematuro Imagem: Acervo pessoal

Celina Cardoso

Do BOL, em São Paulo

29/04/2019 12h11

No dia 29 de abril de 2019, Alicia Leite completa dois anos, e o presente que os pais querem dar a ela é a possibilidade de ver o mundo sem se preocupar com a falta de oxigênio. Por isso, a mãe de Alicia, Juliana Leite, criou uma campanha na web para arrecadar dinheiro para comprar um respirador portátil e fazer as melhorias necessárias em uma cadeira de rodas para que a menina possa passear como qualquer criança da mesma idade.

Alicia e a irmã Martinne são gêmeas e sofrem com complicações de uma paralisia cerebral causada por um nascimento muito prematuro - elas nasceram com apenas 26 semanas de gestação. Alicia ficou com sequelas mais graves e não consegue respirar sozinha, por isso usa um respirador acoplado por um tubo à traqueia. Quando precisa sair, a menina usa um kit de oxigênio portátil (uma espécie de bomba de oxigênio) que dura apenas duas horas.

Respirador utilizado por Alicia - Acervo pessoal  - Acervo pessoal
Imagem: Acervo pessoal

"Sempre que precisamos sair com ela para ir ao médico, por exemplo, calculamos para fazer tudo em duas horas. Mas moramos em São Paulo, né? Uma vez tivemos que parar na Radial Leste porque o oxigênio tinha acabado e a Alicia estava roxa. Tivemos a sorte de uma ambulância passar exatamente na hora e, então, ela foi socorrida e voltou a respirar", conta Juliana.

A mãe se emociona ao falar da situação de Alicia: "Minha filha nunca foi em um parque e isso é bem difícil para mim. Eu me pergunto se ela nunca vai sair de casa, ir ao shopping, ouvir o barulho do mundo".

Juliana conta que estava um pouco receosa em fazer a campanha e foi incentivada por uma amiga. "Eu me perguntava se ia dar certo porque as pessoas estão muito desconfiadas. Há tantas coisas erradas no mundo hoje em dia", diz.

O respirador portátil que os pais de Alicia pretendem comprar vem com duas baterias recarregáveis que duram três horas, cada uma. Outra vantagem do equipamento é que ele é liberado pelas companhias aéreas, o que ajudaria em viagens para tratamentos e para que Alicia conheça o mundo, para além dos hospitais e de seu quarto.

Os pais precisam arrecadar R$ 20 mil para comprar o respirador portátil e fazer as melhorias na cadeira de rodas que Alicia vai usar. Até o fechamento desta reportagem, eles já haviam conseguido pouco mais de R$ 16 mil. A campanha segue até 2020.

Vaquinha virtual

Causa: conseguir R$ 20 mil para respirador portátil
Como contribuir: doando qualquer valor por meio do site de financiamento coletivo. O prazo termina em 23 de dezembro de 2020.

Para receber notícias do Brasil e do mundo, acesse o Messenger do BOL, digite "Notícias" e clique em "Sim". É simples e grátis!

Notícias