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Estudo indica medidas necessárias para erradicar tuberculose até 2045

20/03/2019 20h29

Londres, 20 mar (EFE).- Eliminar a tuberculose até 2045 será possível se forem aumentados os recursos econômicos destinados a pesquisar esta doença infecciosa e a combatê-la, especialmente nos grupos de alto risco, afirmou nesta quarta-feira um estudo publicado na revista científica "The Lancet".

A pesquisa, elaborada pela comissão sobre tuberculose da revista por ocasião do Dia Mundial dedicado a esta patologia que é lembrado a cada 24 de março, concluiu que ela pode ser erradicada com o aumento do financiamento em pesquisa para desenvolver novos mecanismos que permitam diagnosticá-la, tratá-la e preveni-la.

O comissário especial da ONU para a Tuberculose, Eric Goosby, disse que a organização que representa considera este relatório como "um roteiro para ajudar os países com grandes taxas a serem responsáveis por vencer esta doença mortal".

Goosby acrescentou que não há espaço para a "complacência" na perseguição deste objetivo, e que as autoridades, em colaboração com os especialistas, devem "atuar de maneira rápida e estratégica para livrar a próxima geração de contrair tuberculose".

O estudo reúne o trabalho de 37 membros da comissão de 13 países e inclui as análises econômicas e modelos de intervenção mais eficazes para resistir aos desafios enfrentados durante o tratamento desta doença, como a resistência aos remédios ou os agravantes por sofrer HIV.

Neste sentido, a estimativa é que também existem benefícios financeiros para erradicar a patologia, já que a quantia que se economiza por evitar uma morte é três vezes maior ao seu custo, uma proporção que pode ser ainda maior em alguns países.

A tuberculose continua sendo a principal doença infecciosa em nível global, já que é apontada como a causa de 1,6 milhão de mortes anuais.

Em 2017, cerca de um quarto da população mundial vivia com tuberculose, algo que, segundo ressaltou o estudo, afeta severamente os mais pobres, que não podem pagar por assistência médica, o que faz com que, na atualidade, 35% dos casos não seja diagnosticado ou tratado.

A revista anunciou ainda o lançamento do The Lancet Tuberculosis Observatory, um relatório anual independente pensado para avaliar o progresso dos objetivos fixados para erradicar a doença, que serão revisados na reunião que a ONU realizará em 2022.

O primeiro destes encontros aconteceu em 2018 e fixou como prioridade tratar 40 milhões de pessoas e prevenir 30 milhões de novos casos nos próximos quatro anos. EFE

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