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MP ordena captura de 23 'falsos dirigentes' de empresa venezuelana de fertilizantes na Colômbia

19/08/2022 20h17

O Ministério Público da Venezuela informou nesta sexta-feira (19) que emitiu uma ordem de captura internacional contra 23 "falsos dirigentes" de uma empresa venezuelana de fertilizantes na Colômbia, a Monómeros, que é objeto de disputa entre o governo de Nicolás Maduro e o líder opositor Juan Guaidó.

O procurador-geral, Tarek William Saab, disse no Twitter que as ordens foram acordadas em 2020 e ratificadas neste mês. O MP já havia aberto uma investigação contra Guaidó por designar os membros do conselho administrativo da empresa que passou para o seu controle, após receber em 2019 o apoio do governo do ex-presidente da Colômbia Iván Duque como "presidente interino" da Venezuela.

"O Ministério Público prepara uma equipe de cinco funcionários do alto escalão, três promotores que atuam no caso Monómeros mais dois diretores ligados ao tema da luta contra o crime organizado e a corrupção, para que, no próprio território colombiano, seja possível colher toda a informação atualizada", disse o procurador-geral à AFP. Queremos que "haja justiça, ocorram as extradições que solicitamos e que reine a sanção máxima contra esses criminosos da pátria", acrescentou.

O conselho da Monómeros é formado por 15 pessoas e encabeçado por Guillermo Rodríguez, que figura como diretor-geral. A Controladoria-Geral da Venezuela também informou que irá impor medidas contra os dirigentes: inabilitações e proibição de saída do país e de movimentar contas bancárias na Venezuela.

A empresa é alvo de profundos questionamentos por parte do governo de Maduro e até mesmo da oposição venezuelana, que entrou em conflito com Guaidó sobre este tema.

Os dirigentes da empresa foram acusados de cometer irregularidades e de buscar a falência para acabar com a empresa. Em 2021, o sindicato da companhia denunciou um contrato, anulado após o escândalo, para transferir 60% dos lucros a uma empresa privada panamenha, assim como pagamentos por "assessorias" que chamou de "desnecessárias".

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© Agence France-Presse

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