Conflito no nordeste da Nigéria já matou 324.000 crianças, diz ONU
Lagos, 24 Jun 2021 (AFP) - O conflito de 12 anos entre o exército nigeriano e grupos jihadistas no nordeste da Nigéria causou a morte direta ou indireta de cerca de 350.000 pessoas, incluindo 324.000 crianças, informou as Nações Unidas na quinta-feira.
"Estimamos que para finales de 2020, el conflicto había causado la muerte de 350.000 personas, de las cuales 314.000 por causas indirectas", se lee en el informe "Estudio de las Consecuencias del Conflicto en el Desarrollo en el noreste de Nigeria", publicado quinta-feira.
"Estimamos que 90% das vítimas deste conflito, ou seja, 324.000, são crianças com menos de 5 anos", afirmou.
De acordo com dados regularmente apresentados por instituições internacionais, mais de 40.000 pessoas morreram em confrontos durante os 12 anos deste conflito sangrento e mais de dois milhões foram forçados a abandonar suas casas.
A insegurança, uma ameaça permanente à segurança alimentar e as péssimas condições econômicas e de saúde nos campos para pessoas deslocadas, sem infraestrutura básica como água encanada e assistência médica, podem causar mais de 1,1 milhão de mortes adicionais nos próximos dez anos, adverte o relatório.
A ONU estima que 13,1 milhões de pessoas vivam no nordeste da Nigéria em áreas afetadas por conflitos, das quais 5,3 sofrem insegurança alimentar e precisam de ajuda para sobreviver.
Criticado por sua gestão da segurança neste país de 200 milhões de habitantes, o presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, chegou ao poder em 2015, com a promessa de acabar com a rebelião do Boko Haram, uma antiga seita islâmica que transformou em um violento movimento jihadista.
O grupo Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap, na sigla em inglês), que se separou do Boko Haram em 2016, agora controla grandes extensões de território em torno da região do Lago Chade. Lá, a população vive sob seu controle, sem acesso aos serviços públicos, ou às agências humanitárias internacionais.
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