Líder opositor reivindicado por Caracas denuncia 'perseguição' de Maduro
Madri, 13 Mai 2021 (AFP) - O líder da oposição venezuelana Leopoldo López, exilado na Espanha desde outubro, denunciou estar sendo perseguido pelo governo de Nicolás Maduro, depois que a Suprema Corte de seu país solicitou sua extradição.
"Diante da perseguição da ditadura de Maduro, agora refletida em um pedido ilegal de extradição, mais uma vez me coloco à disposição da Justiça", tuitou Leopoldo López na manhã desta quinta-feira (13).
Carismático ex-prefeito do município caraquenho de Chacao, López foi condenado em 2015 a quase 14 anos de prisão, acusado de incitação da violência em protestos contra o governo em 2014.
A pena foi comutada para prisão domiciliar, da qual ele fugiu em 2019 para participar de um levante fracassado contra o presidente Maduro. Em seguida, refugiou-se na casa do embaixador espanhol em Caracas, até que, no final de outubro passado, fugiu para Madri.
Na terça-feira, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) solicitou sua extradição "pelo fiel cumprimento do resto de sua pena em território venezuelano, a qual é de oito anos, seis meses, 25 dias e 12 horas", afirmou em nota.
Em sua conta no Twitter, López publicou uma carta apresentada à Audiência Nacional, corte responsável pelos processos de extradição na Espanha, colocando-se à disposição do tribunal e pedindo que não tomem "medidas pré-processuais, ou policiais", contra ele.
"O ditador e seus cúmplices podem ficar certos de que suas manobras não poderão nem comigo nem com nossa luta pela Venezuela e pelos venezuelanos", disse o opositor, que vive em Madri com sua mulher, Lilian Tintori, e seus três filhos.
Na Espanha, uma extradição deve ser aprovada em primeira instância pela Audiência Nacional e depois ratificada pelo governo, agora liderado pelo socialista Pedro Sánchez. É ele que tem a última palavra.
dbh/mg/bl/tt
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