Regulador americano diz que 106 aviões 737 MAX da Boeing têm problema elétrico
Nova York, 22 Abr 2021 (AFP) - A Agência de Aviação dos Estados Unidos (FAA) declarou nesta quinta-feira (22) que advertiu outros reguladores aéreos que ainda está trabalhando com a Boeing para resolver um problema elétrico que afeta um total de "106 aviões" 737 MAX, incluindo 71 nos Estados Unidos.
A fabricante de aeronaves havia solicitado no início de abril que 16 companhias aéreas operando tais aeronaves deixassem de voar determinados aparelhos, sem dar detalhes sobre o número, para verificar um problema no sistema de alimentação elétrica.
A FAA explicou nesta quinta em um aviso enviado a outras agências de aviação que ainda trabalha com a Boeing "para identificar completamente a extensão de um problema de alimentação de energia e de aterramento que está afetando alguns 737 MAX e para encontrar uma solução".
Inicialmente, a fabricante aeronáutica indicou que o problema poderia afetar "o funcionamento de uma unidade de controle de alimentação de emergência", disse a FAA em uma mensagem enviada à AFP.
"Uma análise e os testes subsequentes mostraram que o problema poderia envolver sistemas adicionais", acrescentou a agência: um painel de disjuntores e o painel de bordo principal.
No entanto, nenhum incidente relacionado a este defeito potencial foi relatado.
O diretor-geral da fabricante de aeronaves, Dave Calhoun, afirmou na terça-feira que não poderia fornecer uma data específica para a volta ao serviço desses aparelhos, mas que uma vez que a FAA tenha validado a solução proposta, esta poderá ser implementada "em alguns dias".
Uma autoridade da American Airlines, que teve que deixar de operar 18 aviões 737 MAX, ressaltou nesta quinta-feira que aguarda as instruções a serem implementadas.
"Esperamos que seja uma história de algumas semanas e nada mais", disse Robert Isom.
O diretor-geral da Southwest, Gary Kelly, estimou por sua vez que o problema era "decepcionante".
"É um problema de produção, bastante pequeno, bastante fácil de resolver, mas não se pode arriscar a menor consequência e todos estão agindo por precaução", disse ele em entrevista à CNBC.
"Mas precisamos dos MAX porque a atividade está recomeçando", irritou-se.
O 737 MAX, que foi proibido de voar em março de 2019 após dois acidentes fatais, foi autorizado a operar novamente em novembro nos Estados Unidos e, em seguida, na maior parte do mundo, após alterações no software de controle de voo, o reposicionamento de certos cabos e novo treinamento de pilotos.
jum/jul/nth/mr
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