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Alugue estas 6 coisas e ganhe uma renda extra

do UOL

22/09/2020 04h00

Se você chegou até aqui no segundo semestre de 2020 sem sofrer nenhuma perda de renda ou ter alguém mais próximo que tenha sofrido, você faz parte de uma pequena minoria. A situação apertou para todos, quase metade da população viu a renda cair, e é por isso que nesta coluna e na próxima o tema é renda extra.

Hoje, eu, Yolanda Fordelone, economista do Econoweek, comento sobre o mercado de aluguel de coisas que você pode emprestar e obter dinheiro com isso. Na segunda-feira que vem, 28, sobre investimentos que te garantem uma espécie de salário.

Neste último mês, passei duas situações que me fizeram refletir sobre o mercado de aluguel de coisas. A primeira é que estou pensando em fazer uma viagem de bicicleta e para isso teria de conseguir uma. A segunda situação é que meu irmão foi padrinho em um casamento em setembro. Ele alugou a roupa e eu descobri que também é possível pegar emprestada a bicicleta. Pensei: e se eu estivesse do outro lado alugando as minhas coisas para alguém.

Hoje em dia, é possível alugar tudo, até o que você não tem, mas calma que vou explicar. Antes, gostaria de lembrar uma das lições básicas das finanças: olhe não só para os gastos, mas também para a renda. E eu queria saber de você aí nos comentários: você já alugou alguma coisa?

1. Imóveis que você tem e que não tem

Se você tem um imóvel dá para alugá-lo inteiro ou parte dele, como um quarto, pelo Airbnb, mas esta dica já é conhecida e nem me alongarei aqui. A novidade é que você também pode alugar um imóvel que você não tem.

O Quinto Andar, startup de locação de imóveis, tem um programa de indicação chamado Indica Aí. Eles explicam que é só você indicar um imóvel de um cliente (se for corretor), de um amigo ou vizinho do mesmo prédio. Para isso, deve cadastrar o endereço do imóvel e os contatos do proprietário e mandar o link para ele preencher o formulário. Quando o imóvel for anunciado no site, você ganha R$ 100 e depois recebe 10% do primeiro aluguel ou R$ 1.000 se for um caso de venda de imóveis.

2. Roupas de festa

Meu irmão alugou o terno em uma loja comum, mas fiquei pensando que eu tenho vestidos parados que nunca mais foram usados. Enquanto não os vendo, pesquisei e descobri o Armário Compartilhado. Você envia a foto do vestido para eles avaliarem e retornarem com uma proposta de aluguel. A roupa fica na loja para ser alugada. Detalhe que eles cuidam da lavagem, reparos e consertos, caso precise.

No site, há vestidos sendo alugados por até R$ 750. "O dono do vestido leva de 20% a 38% do valor do aluguel. Quanto maior a avaliação, maior a porcentagem", explica a proprietária, Ana Luisa.

O Armário Compartilhado está fisicamente em Belo Horizonte, mas já alugaram e receberam vestidos de vários Estados do Brasil. Vale também procurar uma loja de alugueis na sua cidade e tentar fazer negócio.

3. Vagas no carro

Especialistas do setor do turismo falam que, enquanto não temos vacina contra o coronavírus, a tendência é que o turismo local se recupere antes. Se estiver indo para alguma cidade, obviamente tomando todas as medidas de higienização e segurança, pode alugar uma vaga no carro pelo BlaBlaCar. Você anuncia o destino, o dia e horário e do outro lado as pessoas que procuram carona te acham. A título de exemplo, uma viagem entre Rio de Janeiro e São Paulo sai por R$ 60.

4. Bicicletas

Pesquisando sobre bicicletas para comprar, descobri que é possível alugar uma pelo Spinlister. Além de bicicletas, é possível locar equipamento de surfe e de esqui. Ao colocar a bicicleta para alugar, você também aponta as características, como tamanho, se ela serve para trilhas, entre outras.

Em São Paulo, o aluguel estava em 15 dólares a diária (cerca de R$ 75) e 50 dólares a semana (ou R$ 250). Talvez em grandes cidades isso não faça sentido dada a larga oferta de bicicletas, mas no meu caso que estou pensando em ir para o Sul por uma semana e não posso levar uma dessas da cidade talvez faça sentido. Ainda estou avaliando se vou usar a bicicleta após a viagem e se vale mais a pena comprar ou alugar.

5. Ações de empresas

Se você tem ações e investe para o longo prazo, o que significa que você não tem planos de quando vai vendê-las, saiba que pode alugar seus investimentos. Basta entrar em contato com a corretora para ela colocar o papel disponível no mercado. O acionista não perde o recebimento de dividendos e bonificações enquanto está com a ação alugada. Expliquei mais sobre isso em outra coluna e vídeo.

6. Tempo pra apresentar a cidade ou cuidar de animais

O turismo não anda tão forte, mas no site Rent a Local Friend você aluga seu tempo para apresentar a sua cidade. O site tem local friends em 297 cidades do mundo. Em São Paulo, onde muitos fazem passeios pelo centro, e em Natal, por exemplo, o serviço sai por 12 dólares a hora (cerca de R$ 60). No Rio de Janeiro, o aluguel da hora estava cotado em 17 dólares em setembro (cerca de R$ 85).

Se o seu prazer é ficar em casa, o tempo pode ser usado para cuidar dos animais de outras pessoas, os hospedando enquanto os donos viajam. Há diversos sites que promovem o serviço, sendo um dos mais conhecidos o DogHero. Por lá, também é possível se candidatar para passear com cachorros ao invés de hospedá-los.

Para efeito de exemplo, pesquisei a hospedagem aqui no meu bairro, na Vila Medeiros, zona norte de São Paulo, e estava saindo a partir de R$ 50 por noite para animais de pequeno porte (até 5 kg).

Dica extra: equipamentos de academia e reforma

Esta última serve para lojistas. Pelo Meu Boomerang, lojas podem virar parceiras e colocar para alugar equipamentos de reforma, como furadeiras, e de ginástica. E convenhamos que a demanda tem potencial para ser grande: quem nunca foi montar um móvel ou furar uma parede, mas não tinha o equipamento correto. Comprá-lo não vale a pena porque não irá utilizar o produto novamente tão cedo.

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Aproveita para compartilhar este conteúdo com seus amigos e não deixa de conferir o vídeo da segunda-feira que vem sobre investimentos que te pagam um "salário". Conhecimento é sempre uma saída.

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