China corta compulsório para pequenos bancos e libera US$56 bi para economia atingida por vírus
PEQUIM (Reuters) - O banco central da China disse nesta sexta-feira que está cortando a quantidade de dinheiro que os bancos pequenos e médios têm que manter como reservas, liberando cerca de 400 bilhões de iuanes (56,38 bilhões de dólares) em liquidez para sustentar a economia, que foi bastante abalada pela crise do coronavírus.
A medida mais recente de estímulo ocorre num momento em que a segunda maior economia do mundo deve encolher pela primeira vez em 30 anos, com as esperanças de uma recuperação rápida sendo prejudicadas pela rápida disseminação da doença em todo o mundo, esmagando a demanda global.
"A deterioração da economia global deve ter um grande impacto na economia da China, o que exige que a política monetária da China seja ainda mais relaxada e mais flexível", disse Yan Se, economista-chefe da Founder Securities.
O Banco do Povo da China disse em seu site que reduzirá sua taxa de compulsório para esses bancos em 100 pontos-base em duas etapas iguais, a primeira em 15 de abril e a segunda em 15 de maio.
A China possui cerca de 4 mil bancos pequenos e médios. Os cortes mais recentes vão reduzir sua taxa de compulsório para 6%.
Além disso, a taxa de juros sobre as reservas excedentes das instituições financeiras com o banco central será reduzida de 0,72% para 0,35% a partir de 7 de abril, informou o banco.
O corte na taxa de compulsório foi levantado pelo gabinete na terça-feira, juntamente com outras medidas de apoio, à medida que Pequim tenta amortecer o golpe econômico da pandemia que está provocando preocupações com as pesadas perdas de empregos.
Embora acredite-se que a maioria das fábricas do país esteja em funcionamento novamente, embora não em níveis normais, uma pesquisa privada desta sexta-feira sugeriu que as empresas de serviços ainda estão lutando para se reerguer, e cortaram empregos em março no ritmo mais rápido desde pelo menos 2005.
O mais recente corte da taxa de compulsório será o terceiro até agora este ano e o décimo desde o início de 2018, quando a economia estava começando a desacelerar sob o peso da intensificação dos atritos comerciais EUA-China.
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