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Sobe para 25 número de mortos e 830 o de casos do coronavírus na China

Paciente com suspeita de estar infectado com o coronavírus internado no hospital Prince of Wales, em Hong Kong, na China - Imagem/Reuters
Paciente com suspeita de estar infectado com o coronavírus internado no hospital Prince of Wales, em Hong Kong, na China
Imagem: Imagem/Reuters

Da agência AFP, em Pequim (China)

23/01/2020 21h53

A China elevou para 25 mortos e 830 casos o balanço da epidemia provocada por um misterioso vírus, informou hoje a Comissão Nacional de Saúde. As autoridades examinam também 1.072 casos suspeitos do vírus, acrescenta a fonte.

Dos 830 casos, 177 são considerados graves, segundo a comissão, enquanto 34 pacientes estão "curados" e já receberam alta.

Os novos números foram divulgados logo após a Organização Mundial de Saúde (OMS) decidir não declarar uma emergência internacional por este novo coronavírus.

A China confinou nas últimas horas cerca de 20 milhões de pessoas na região de Wuhan, onde surgiu o novo vírus e que começou a se espalhar pelo mundo, gerando mobilização das autoridades sanitárias internacionais.

Desde as 10h (horário local), nenhum trem ou avião deixou Wuhan, metrópole de 11 milhões de habitantes situada no centro da China. Os pedágios nas saídas da cidade estão fechados.

Sinal da preocupação, a Cidade Proibida de Pequim, o antigo palácio dos imperadores, anunciou seu fechamento até nova ordem, para evitar qualquer risco de contaminação entre os visitantes.

Mais cedo, as autoridades chinesas também anunciaram a primeira morte por causa do novo coronavírus fora de Hubei, local de origem da infecção.

A Comissão de Saúde da província de Hubei, situada na zona limítrofe com Pequim, informou em comunicado que um homem de 80 anos, diagnosticado com o novo vírus, morreu ontem.

Esta metrópole às margens do rio Yangtzé é o epicentro da epidemia que, desde dezembro, infectou mais de 570 pessoas. Cerca de cinco mil pessoas estão sob vigilância médica.

Em Wuhan, "os moradores não devem deixar a cidade sem uma razão específica", anunciou o organismo responsável pelo combate à epidemia no nível municipal.

Essa decisão foi tomada para "impedir efetivamente a propagação do vírus", disse.

A cidade vizinha de Huanggang, de 7,5 milhões de habitantes, também foi colocada em quarentena. O tráfego ferroviário foi interrompido até novo aviso.

Com 1,1 milhão de habitantes, a vizinha Ezhou já fechou sua estação.

A oeste, uma outra localidade, Xiantao, fechou os acessos a uma auto-estrada, e ao sul, Chibi, suspendeu o transporte público. Essas duas cidades somam 2 milhões de habitantes.

Na segunda-feira, o presidente Xi Jinping pediu um combate "resoluto" da epidemia, que até então não havia chegado às manchetes dos jornais.

"Medidas fortes"

Em Genebra, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, saudou na quarta-feira as medidas "muito, muito fortes" tomadas pela China, considerando que elas "reduziriam" os riscos de propagação.

A OMS anunciou hoje que ainda é "muito cedo" para declarar uma "emergência internacional" pelo vírus.

Até o momento, a OMS usou o termo "emergência internacional" apenas para casos raros de epidemias que exigem uma resposta global vigorosa, incluindo a gripe suína H1N1, em 2009; o vírus zika, em 2016; e a febre ebola, que devastou parte da África Ocidental de 2014 a 2016, assim como a República Democrática do Congo, desde 2018.

Em Washington, um porta-voz do Departamento de Estado observou "sinais encorajadores de que o governo chinês entendeu a gravidade do problema".

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