OMC lança consultas para superar bloqueio em seu tribunal de apelação
Genebra, 9 dez 2019 (AFP) - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, anunciou, nesta segunda-feira (9), o lançamento de "consultas intensivas de caráter político" para superar a crise no tribunal de apelação da organização, alvo recorrente das críticas por parte dos Estados Unidos.
No primeiro dia de reuniões do Conselho Geral, o órgão supremo da OMC, os diplomatas voltaram a abordar, sem sucesso, a disputa sobre o tribunal.
O trabalho do tribunal de apelações do Órgão de Solução de Controvérsias da OMC ficará bloqueado, na quarta-feira, pela decisão de Washington de frear a nomeação de novos integrantes.
Em um comunicado, a OMC disse que Roberto Azevêdo "lançará consultas intensivas de alto nível sobre como superar a paralisia".
O porta-voz da OMC, Keith Rockwell, afirmou que estas consultas serão de "natureza política", sem dar mais detalhes.
"É uma crise grave", acrescentou.
Rockwell esclareceu, porém, que a situação "não significa que a organização em seu conjunto deixará de funcionar".
Também destacou as diferenças existentes entre os Estados Unidos e os europeus sobre o papel do Tribunal de Apelação.
"Há profundas diferenças, mas esperamos que, por meio de consultas intensivas e um pouco mais de impulso político, possamos encontrar uma solução", completou.
Nesta segunda, o embaixador americano na OMC, Dennis Shea, disse que os Estados Unidos "estão decepcionados de ver que não há convergência entre os membros".
Seu colega europeu, Aguiar Machado, denunciou, porém, um bloqueio americano sobre a nomeação de juízes e acusou Washington de "não ter feito nenhuma proposta, ou contraproposta".
As críticas americanas ao tribunal remontam ao governo Barack Obama (2009-2017), durante o qual várias nomeações já haviam sido bloqueadas. Este cenário se agravou desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca.
apo/gca/mb/lb/tt
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