Partidos iraquianos cobram mudanças nos ministérios e ameaçam governo
Bagdad, 19 nov (EFE).- Vários partidos iraquianos, entre eles o do ex-primeiro-ministro Haider Al-Abadi, decidiram se unir para cobrar mudanças nos ministérios e, caso contrário, ameaçar retirar a confiança no governo de Adil Abdul-Mahdi, após semanas de grandes manifestações.
Abadi afirmou nesta terça-feira, pelo Twitter, que a coalizão que lidera chegou a um acordo com outros grupos políticos e impôs como condição "a formação de um novo governo".
A agência de notícias estatal "INA" publicou na segunda-feira um acordo firmado por dez partidos e alianças políticas, entre elas a coalizão Al Nasr, liderada por Abadi, e Al Fath, a segunda maior força parlamentar iraquiana.
Entre os participantes do acordo também estão os principais partidos curdos do país, mas a coalizão Sairun, a mais votada nas eleições do ano passado, não participou da reunião.
O acordo estipula "uma ampla mudança ministerial" que substitua os atuais ministros por jovens "honestos e independentes" e que o primeiro-ministro se encarregue de escolher os membros do gabinete e assumir a responsabilidade pelos nomeados.
O pacto tem um prazo de 45 dias e contempla a realização de emendas na lei eleitoral e na Comissão Eleitoral, assim como emitir normas que fortaleçam os setores de petróleo e gás e o Tribunal Federal. Segundo o texto do acordo, os líderes políticos se comprometeram a retirar a confiança no governo caso não acate as exigências.
"Se o Parlamento ou o governo fracassarem na realização desses passos, são obrigados a tomar medidas constitucionais alternativas para atender as demandas do povo", diz o texto.
Os protestos que ocasionaram uma grave crise política no Iraque começaram em outubro e têm como principais alvos a corrupção e a incapacidade dos políticos de gerir os recursos do país. EFE
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