Protestos que marcaram 1 ano dos coletes amarelos na França têm baixa adesão
París, 16 nov. (EFE).- Os protestos que marcaram neste sábado o aniversário de um ano do surgimento dos chamados coletes amarelos, na França, que inclusive, modificaram políticas do presidente Emmanuel Macron, tiveram baixa adesão e alguns confrontos.
A Praça Itália, no sudeste de Paris, foi palco de tensão durante algumas horas, já que manifestantes que usavam máscaras para ocultar a identidade, montaram barricadas, as incendiaram, assim como colocaram fogo em carros e motos.
Além disso, pontos de ônibus, lojas e outras instalações foram alvo de vandalismo, o que fez com que a polícia respondesse com gás lacrimogêneo e jatos de água para fazer a dispersão. Além disso, houve confronto entre agentes e ativistas.
Com a situação mais tensa, as autoridades municipais proibiram que uma passeata partisse da Praça Itália, para evitar que os distúrbios se espalhassem pela cidade.
Pela manhã, os coletes amarelos bloquearam o trânsito na altura de Porte de Champerret, mas os policais agiram rápido para liberar a circulação dos carros no local.
Os diferentes protestos convocados para hoje reuniram número considerado baixo. As pessoas que tentaram se manifestar em locais proibidos, como a avenida Champs-Élysées, a Catedral de Notre Dame, a Assembleia Nacional, a Torre Eiffel, entre outros, foram multadas.
Até às 19h locais (15h de Brasília), pelo menos 124 pessoas foram detidas em Paris, segundo a polícia local.
Segundo o Ministério do Interior, cerca de 28 mil pessoas foram às ruas em toda a França para se manifestar, sendo 4,7 mil em Paris. As lideranças dos coletes amarelos, no entanto, falam em 39,5 mil ativistas.
Este foi o 53º sábado consecutivo de protestos no país, que foram iniciadas pela alta no preço do combustível, ganharam força, foram contra reformas apresentadas pelo governo de Macron e agora prometem uma greve geral para o dia 5 de dezembro. EFE
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