'Estamos em guerra', diz presidente do Chile sobre protestos
Durante um encontro com a imprensa, o mandatário insistiu no caráter "organizado" das manifestações, afirmando que o "único objetivo" dos responsáveis é "causar o maior dano possível".
"Estamos bem cientes do fato de que [os protestos] têm graus de organização e logística típicos de uma organização criminal", disse Piñera, acusando os manifestantes de quererem "destruir a democracia" chilena.
Os protestos começaram por causa de um aumento de 30 pesos (R$ 0,20) no preço das passagens de metrô, já suspenso pelo governo, mas também miram a desigualdade econômica e o sistema de aposentadorias do país.
Piñera decretou estado de emergência e impôs toque de recolher na capital Santiago, além de ter colocado o Exército para patrulhar as ruas da cidade. Poucos dias antes, o presidente havia dito que o Chile era um "oásis" em uma América Latina "convulsionada".
Cerca de 10 pessoas já morreram, a maioria delas carbonizadas em incêndios em lojas saqueadas. Cerca de 1,46 mil indivíduos foram detidos. As manifestações também interromperam serviços de transporte público e cancelaram voos no aeroporto de Santiago.
(ANSA)
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