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Hamas convoca greve e protestos em Gaza contra fórum econômico do Bahrein

23/06/2019 12h26

Gaza, 23 jun (EFE).- O movimento islamita Hamas convocou manifestações e uma greve geral em Gaza para protestar contra o fórum econômico que acontecerá entre terça-feira e quarta-feira no Bahrein, onde será debatida a proposta apresentada pelos EUA como primeira parte do plano de paz para israelenses e palestinos.

"O movimento islamita Hamas, junto com todas as facções nacionais e islâmicas e todos os componentes da sociedade palestina, se unem à rejeição do Acordo 'do Século' e ao fórum econômico do Bahrein", declarou neste domingo Ismail Radwan, veterano dirigente do grupo palestino, que governa de fato na Faixa de Gaza desde que tomou o poder à força em 2007.

As ações no enclave litorâneo, concretizou Radwan, começarão com uma greve geral e uma conferência popular de terça-feira, que coincidirá com o início do encontro patrocinado pelos EUA na cidade de Manama (Bahrein), onde serão debatidos elementos da proposta americana, denominada "Paz para a Prosperidade", com parte do conteúdo econômico que Washington revelou no sábado.

Os protestos em Gaza seguirão na quarta-feira, com "manifestações maciças" diante da divisa com Israel, acrescentou o mesmo membro do Hamas, que afirmou que a população palestina "não se renderá nem e fará concessões à legalidade e estabilidade de seus direitos".

Segundo revelaram os EUA no sábado, a intenção é atrair investimentos de US$ 50 bilhões para o povo palestino e impulsionar as economias do Egito, Israel, Jordânia e Líbano com um plano a dez anos vista.

À reunião do Bahrein onde será discutido o conteúdo estarão presentes representantes de países árabes da região, israelenses e internacionais, mas será boicotado pelas autoridades palestinas.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) mostrou ontem sua oposição à proposta americana que será debatida no fórum, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que a situação econômica da Palestina não pode ser discutida antes da política. EFE

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