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Tribunal de Tóquio concede liberdade a Ghosn sob fiança de US$ 4,46 milhões

25/04/2019 02h49

(Atualiza com o pagamento da fiança e condições do tribunal).

Tóquio, 25 abr (EFE).- Um tribunal de Tóquio aceitou nesta quinta-feira a libertação, sob fiança, do ex-presidente da Renault e da Nissan Motor, o brasileiro Carlos Ghosn, pelas novas acusações contra ele, de acordo com informações de fontes judiciais.

Ghosn foi preso pela segunda vez no último dia 4, quase um mês depois de deixar a prisão também após pagamento de fiança, por outras acusações anteriores, todas por irregularidades financeiras cometidas supostamente durante sua gestão à frente da Nissan.

Segundo as fontes judiciais, o tribunal estabeleceu uma fiança de 500 milhões de ienes (cerca de US$ 4,46 milhões). Mas de acordo com a imprensa local, a Promotoria pode recorrer desta decisão do tribunal.

Mesmo assim, as fontes judiciais confirmaram que a defesa do executivo já pagou a fiança. O tribunal também estabeleceu como condições, entre outras, a proibição da saída de Ghosn do país e qualquer tentativa por ele de manipular possíveis provas nos casos abertos contra ele.

Ghosn foi preso pela primeira vez em 19 de novembro de 2018 e ficou em liberdade, após pagamento de fiança depois de 108 dias de prisão provisória.

Após sua primeira detenção, a Promotoria apresentou três acusações contra o empresário, duas delas por supostamente ocultar das autoridades parte da compensação financeira acordada com a Nissan e a terceira pelo suposto uso de fundos da companhia para cobrir perdas financeiras pessoais.

Ele foi preso novamente no último dia 4 e acusado desta vez por suposto abuso agravado da confiança depositada pela empresa nele por causa do suposto desvio de fundos da Nissan para cobrir as despesas pessoais por meio de um distribuidor de Omã.

Ghosn e seus advogados rejeitaram todas as acusações.

O empresário brasileiro disse que essas acusações fazem parte de uma trama supostamente definida por gerentes da montadora japonesa para impedir uma fusão entre a Nissan e a Renault. EFE

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