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Divulgação de ação do exército para deter palestino gera polêmica em Israel

22/04/2019 15h10

Jerusalém, 22 abr (EFE).- A divulgação nesta segunda-feira de uma polêmica ação do exército de Israel, que na semana passada baleou um adolescente palestino enquanto o mesmo tentava fugir algemado e com os olhos vendados após uma detenção anterior, gerou controvérsia e forçou a abertura de uma investigação militar.

Os fatos foram captados por dois fotógrafos e divulgados hoje por diversos veículos de imprensa de Israel, como o jornal israelense "Haaretz".

O jornal mostra fotos e vídeos do momento em que um adolescente de 15 anos, identificado como Osama Hajajra, foge dos militares enquanto está com as mãos atadas e os olhos vendados, depois de ter sido detido sob a suspeita de ter atirado pedras contra militares e civis israelenses na localidade de Tekoa, perto de Belém, na Cisjordânia.

Após ser atingido por um disparo na virilha, de acordo com as denúncias do jornalista Guideon Levy ao "Haaretz", vários soldados o mantiveram amarrado e ferido no chão, até que alguns palestinos presentes no local recolheram a vítima nos braços e a levaram para o hospital.

Um porta-voz militar informou que foi aberta uma investigação para esclarecer os fatos e acrescentou que o incidente aconteceu depois de "distúrbios violentos", com o "lançamento em massa de pedras contra forças do exército e veículos israelenses que circulavam pela estrada, pondo em perigo a vida dos civis e das tropas".

Os soldados "responderam com meios de dispersão antidistúrbio e detiveram" um dos envolvidos nos enfrentamentos, "que tentou escapar".

Após detê-lo outra vez, o palestino fugiu de novo, e durante a perseguição foi atingido "na parte inferior do corpo". Após o incidente, as forças lhe proporcionaram "tratamento médico imediato", segundo o escritório de imprensa militar.

As forças israelenses não voltaram a deter o menor depois que ele foi encaminhado para o hospital, informou o jornal israelense "Yedioth Ahronoth", e o exército não esclareceu os fatos ao ser questionado pela Agência Efe. EFE

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