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Bolsonaro, papa e Trump condenam atentados no Sri Lanka

do UOL

Do UOL, em São Paulo

21/04/2019 10h09Atualizada em 21/04/2019 15h46

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) condenou os atentados no Sri Lanka que deixaram mais de 200 mortos e 400 feridos hoje. Em sua conta no Twitter, o mandatário brasileiro disse que "o extremismo deixa rastros de morte e dor".

Três cidades do Ski Lanka, inclusive a capital Colombo, foram alvos de uma série de oito ataques a bomba contra quatro hotéis, três igrejas --onde cristãos celebravam o domingo de Páscoa-- e um condomínio.

Entre as vítimas, há estrangeiros, incluindo britânicos, norte-americanos e holandeses. Não há relatos de brasileiros feridos ou mortos.

"Mesmo neste dia sagrado, o extremismo deixa rastros de morte e dor. Em nome dos brasileiros, condeno os ataques que deixaram centenas de vítimas no Sri Lanka, inclusive em igrejas, onde se celebrava a Ressurreição de Cristo. Que Deus possa confortar os que agora sofrem!", escreveu Bolsonaro.

O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, declarou que "o martírio faz parte da fé".

"Neste domingo de Páscoa, no Sri Lanka, mais de 200 cristãos pagaram com a vida pela sua fé no Cristo, e amanhecerão com Ele no paraíso. O martírio faz parte da fé. Mas o mundo precisa levantar-se contra a perseguição e opressão aos cristãos", escreveu no Twitter.

Papa diz que reza pelas vítimas

O papa Francisco também condenou os ataques. "Recebi com tristeza e dor a notícia dos graves atentados que, justamente hoje, dia de Páscoa, levaram luto e dor a algumas igrejas e locais sagrados no Sri Lanka", disse enquanto fazia a bênção de Páscoa diante de milhares de fiéis na praça São Pedro, no Vaticano.

"Desejo manifestar a minha afetuosa proximidade à comunidade cristã, atingida enquanto rezava, e a todas as vítimas desta cruel violência", declarou o papa.

O chefe da Igreja Católica disse ainda que os atentados "causaram sofrimento e tristeza". "Confio ao Senhor todos aqueles que pereceram tragicamente."

EUA estão prontos para ajudar, diz Trump

No Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que envia "as mais sentidas condolências ao grande povo do Sri Lanka". "Estamos prontos a ajudar", ressaltou.

O antecessor de Trump, Barack Obama chamou os atentados no Sri Lanka de "um ataque à humanidade". "Num dia de louvor ao amor, à redenção e à renovação, nós rezamos pelas vítimas e ficamos ao lado delas", escreveu no Twitter.

Rússia e Índia

O presidente russo, Vladimir Putin, disse esperar que os responsáveis "de um crime tão cínico e execrável cometido em meio às celebrações de Páscoa sejam punidos como merecem" e enviou seu apoio ao Sri Lanka para "combater a ameaça do terrorismo internacional".

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, destacou que "condena com força as horríveis explosões no Sri Lanka". "Não há espaço para barbáries similares na nossa região. A Índia exprime solidariedade ao povo do Sri Lanka", comentou.

Líderes europeus

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, manifestou seu "horror" e sua "tristeza", diante desses atentados contra pessoas que "foram pacificamente à missa, ou que visitavam esse país encantador".

"Estes atos de violência neste dia sagrado são atos de violência contra todas as crenças", afirmou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini

A primeira-ministra britânica, Theresa May, cujo país colonizou Sri Lanka (1796-1948), classificou os atentados de "atos de violência [...] realmente terríveis" e considerou que "devemos nos unir para tentar fazer que ninguém nunca tenha de praticar sua fé com medo".

"Toda nossa solidariedade com o povo do Sri Lanka e nossos pensamentos para todos os parentes das vítimas neste dia de Páscoa", afirmou o presidente francês, Emmanuel Macron, compartilhando sua "profunda tristeza" após estes "atos abomináveis".

A chanceler alemã, Angela Merkel, condenou a onda de atentados em igrejas e lugares turísticos no Sri Lanka e insistiu em que "o ódio religioso e a intolerância que se mostraram de maneira tão terrível hoje não devem vencer". "É chocante que pessoas que se reuniram para celebrar a Páscoa foram deliberadamente alvo de um ataque cruel", disse

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, condenou o que chamou de "insensata violência". "Nestas horas dramáticas, interpretando os sentimentos dos italianos, desejo enviar ao povo amigo do Sri Lanka as mais sinceras expressões de pesar e condenação a este gesto de insensata violência", disse.

"Minha mais enérgica condenação aos terríveis atentados no Sri Lanka", declarou o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez. "Dezenas de vítimas que celebravam a Páscoa de Ressurreição nos fazem chorar. O terror e a barbárie nunca nos dobrarão".

Mundo árabe

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, disse que os atentados eram "horríveis e criminosos". "O terrorismo se estende como uma epidemia pelo mundo inteiro", constatou, pedindo "aos países do mundo que cooperem para erradicar o terrorismo".

O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman al-Safadi, afirmou que seu país "condena duramente esses crimes atrozes e participa do combate contra o terrorismo e sua ideologia de ódio".

Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Bahrein deram seu apoio ao Sri Lanka e destacam sua rejeição ao terrorismo. O Catar também se pronunciou nesse sentido.

A grande instituição do Islã sunita, Al-Azhar, com sede no Cairo, condenou "o ataque terrorista no Sri Lanka". "Não consigo imaginar como um ser humano pode atacar pessoas pacíficas em seu dia de festa", comentou o grande imã de Al-Azhar, xeque Ahmed al-Tayeb, pelo Twitter da instituição.

"O instinto desses terroristas contradiz os preceitos de todas as religiões", acrescentou.

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