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Trump critica presidente da Câmara por cancelar discurso do Estado da União

23/01/2019 20h11

Washington, 23 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta quarta-feira a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, por cancelar o tradicional discurso do Estado da União, marcado para a próxima terça-feira, e afirmou que a líder democrata não "querer ouvir a verdade".

"O Estado da União foi cancelado por Nancy Pelosi porque ela não quer ouvir a verdade", afirmou Trump em um evento na Casa Branca após o anúncio feito por Pelosi de que não permitiria a realização do discurso até que haja uma solução para encerrar a paralisação do governo americano, que já dura mais de um mês.

Trump afirmou que a decisão de Pelosi é "triste" para o país, mas destacou que pensará em uma alternativa para o caso.

"Teremos uma resposta para Nancy Pelosi no seu devido tempo", afirmou o líder republicano.

Para Trump, Pelosi tem medo dos "radicais democratas" e classificou como "terrível" o que estaria acontecendo no partido.

Mais cedo, a presidente da Câmara dos Representantes enviou uma carta a Trump na qual afirma que só permitirá a realização do Estado da União no Congresso após o fim da paralisação que afeta o governo.

A relação entre Trump e Pelosi está tensa nas últimas semanas, marcada por trocas de acusações e críticas, uma consequência da paralisação que mantém há mais de um mês 25% do governo americano sem funcionar plenamente.

Após a sugestão de Pelosi de adiar o tradicional discurso devido ao impasse e por questões ligadas à segurança do evento, Trump respondeu cancelando uma viagem da líder democrata ao Afeganistão.

Trump fez um discurso no fim de semana e propôs estender a duração de dois programas cancelados por ele próprio, o Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca) e o Status de Proteção Temporário (TPS) para refugiados estrangeiros, em troca dos US$ 5,7 bilhões exigidos por ele para construir o muro com o México.

O Senado deve votar amanhã duas propostas, uma democrata e outra republicana, para tentar solucionar a paralisação do governo. Sem orçamento, vários órgãos federais estão sem funcionar e 800 mil servidores não recebem salário desde o início da crise.

No entanto, os dois projetos têm poucas chances de avançar devido às divergências entre republicanos e democratas. EFE

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