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Banco da Inglaterra se aproxima do primeiro corte na taxa de juros desde 2020

09/05/2024 08h16

Por William Schomberg e David Milliken e Suban Abdulla

LONDRES (Reuters) - O Banco da Inglaterra deu mais um passo em direção à redução da taxa de juros já que uma segunda autoridade defendeu uma redução e o presidente Andrew Bailey disse estar "otimista de que as coisas estão indo na direção certa".

O banco central britânico informou nesta quinta-feira que seu Comitê de Política Monetária votou por 7 a 2 para manter os juros em 5,25%, o nível mais alto em 16 anos, depois que o vice-presidente Dave Ramsden juntou-se a Swati Dhingra para votar por um corte para 5%.

Economistas consultados pela Reuters esperavam, em sua maioria, outra divisão de 8 a 1 para manter a taxa de juros.

O comitê já manteve os juros em seis reuniões consecutivas, mas deu a entender que um primeiro corte desde março de 2020, no início da pandemia da Covid-19, poderia ocorrer já na próxima reunião em junho, um possível impulso para o primeiro-ministro Rishi Sunak.

Ele disse aos eleitores que a economia está dando uma guinada, mas está lutando para reduzir a grande vantagem nas pesquisas de opinião do Partido Trabalhista, da oposição, antes da eleição neste ano.

O Banco da Inglaterra acrescentou uma linha a seu comunicado pós-reunião, dizendo que vai observar atentamente as próximas rodadas de dados econômicos.

"O Comitê avaliará os próximos dados e como eles informam a avaliação de que os riscos para a persistência da inflação estão diminuindo", disse o banco central.

"Com base nisso, o Comitê manterá sob revisão por quanto tempo a taxa bancária deve ser mantida em seu nível atual."

Durante um período de quase dois anos, desde o final de 2021, o Banco da Inglaterra - como outros bancos centrais - elevou os custos dos empréstimos para enfrentar um aumento na inflação que atingiu o pico de 11,1% em outubro de 2022.

Desde então, a inflação geral caiu e o banco central espera que ela desacelere para perto de sua meta de 2% em abril, em grande parte devido à queda dos preços da energia.

No entanto, permaneceu em alerta devido ao crescimento ainda forte dos salários e à inflação dos preços dos serviços, que ameaçam levar a inflação de volta a mais de 2%.

Bailey disse que as notícias sobre a inflação têm sido encorajadoras.

"Precisamos ver mais evidências de que a inflação permanecerá baixa antes de podermos cortar a taxa de juros", disse ele em comunicado. "Estou otimista de que as coisas estão se movendo na direção certa."

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