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Comandante do Exército defende general Dutra no 8/1: 'Evitou sangue'

18.jan.2023 - General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva - Reprodução/YouTube/@cmse_exercito
18.jan.2023 - General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva Imagem: Reprodução/YouTube/@cmse_exercito
do UOL

Do UOL, em São Paulo

17/04/2024 16h11Atualizada em 17/04/2024 16h20

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, defendeu o então chefe militar do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, general Gustavo Henrique Dutra, em audiência na Câmara nesta quarta-feira (17).

O que aconteceu

Paiva disse, na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, que Dutra evitou um "derramamento de sangue". "Eu teria vergonha de, buscando popularidade, não cumprir a lei", afirmou o militar.

O comandante do Exército classificou Dutra como "um grande oficial". "Parece que ele não tinha comandante, não cumpria ordens. 'Ah, general Dutra é o grande responsável'. Agora ele tem comandante. Ele é um grande oficial que cumpria ordens".

Antes, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) disse que sentia vergonha da suposta postura passiva das Forças Armadas em relação ao ministro Alexandre de Moraes. O deputado Ricardo Salles (PL-SP) afirmou que tinha vergonha do general Dutra porque ele teria "enganado" os brasileiros.

A declaração do comandante do Exército vai ao encontro com o que foi dito pelo general Dutra na CPI da Câmara do Distrito Federal sobre o 8/1. Na época, ele afirmou que a decisão do presidente Lula (PT) de adiar o desmonte do acampamento em frente ao quartel-genral do Exército no dia evitou uma "noite de sangue".

Em fevereiro do ano passado, Dutra foi retirado da função de chefe militar do Planalto. Ele foi substituído por Ricardo Carmona, e realocado para a 5ª Subchefia do Exército.

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