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Tailândia defende que cassinos podem aumentar receitas, turismo e empregos

29/03/2024 11h28

Por Orathai Sriring e Panu Wongcha-um

BANGCOC (Reuters) - Um projeto de lei para legalizar os cassinos na Tailândia pode ser aprovado durante o atual mandato do governo, disse uma autoridade nesta sexta-feira, enquanto o primeiro-ministro apoia a medida que, segundo ele, poderá criar empregos e receitas e regularizar um próspero setor ilícito de jogos.

Os cassinos são ilegais na Tailândia e os únicos jogos de azar permitidos são corridas de cavalos controladas pelo Estado e loteria. Mas os jogos ilícitos, as apostas em futebol, os casinos clandestinos e as loterias são abundantes.

Muitos na indústria do jogo acreditam que um mercado de casino legal na Tailândia seria um enorme sucesso em atrair mais visitantes para um país que já atrai turistas estrangeiros, proporcionando uma forte concorrência para o maior centro de jogo do mundo, Macau, o único lugar na China onde os cidadãos podem jogar legalmente em cassinos.

"Temos que admitir que existe jogo ilegal no país, estamos tentando nos livrar dele, mas não pode ser eliminado, então temos que repensar e ver que é hora para isso", disse o vice-ministro das Finanças, Julapun Amornvivat a repórteres, acrescentando que Cingapura seria um modelo a ser seguido.

A questão ganhou força nos últimos dias quando o Parlamento aprovou um plano para estudar a possibilidade de criar complexos de entretenimento que abrigariam cassinos, além de outros recursos como salas de concerto e locais para esportes locais como Muay Thai boxe, brigas de galos e corridas de cavalos.

O plano não especificava quantos desses complexos seriam criados, mas recomendava que estivessem localizados num raio de 100 km dos aeroportos. A Tailândia tem como meta um recorde de 40 milhões de visitantes estrangeiros este ano.

Segundo a proposta, as empresas privadas arcariam com os custos de construção e operação, enquanto o governo seria responsável pela tributação e pela regulamentação, disse Sorawong Thienthong, vice-presidente da comissão parlamentar, à Reuters.

(Reportagem de Chayut Setboonsarng, Panu Wongcha-um e Orathai Sriring)

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