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Dólar sobe a R$ 5,015 com relatório do BC e desemprego; Bolsa também salta

Em março, a moeda americana saltou 0,86%; já o principal índice da B3 acumulou perdas de 0,71% - Amanda Perobelli/Reuters
Em março, a moeda americana saltou 0,86%; já o principal índice da B3 acumulou perdas de 0,71% Imagem: Amanda Perobelli/Reuters
do UOL

Do UOL, em São Paulo

28/03/2024 17h22Atualizada em 28/03/2024 17h24

O dólar subiu 0,74% e fechou a sessão vendido a R$ 5,015, voltando a superar o patamar de R$ 5 após nove dias. Com o desempenho de hoje, a moeda americana termina março com alta de 0,86% sobre o real — o terceiro mês seguido de ganhos.

O Ibovespa também encerrou o dia em alta, esta de 0,33%, e chegou aos 128.106,10 pontos. Mesmo com o salto, o principal índice da B3 fecha o mês em queda acumulada de 0,71%, após subir 0,99% em fevereiro.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Relatório do BC com projeções para a economia repercutiu. A estimativa de inflação em 2024 ficou estável em 3,5%, e a do PIB (Produto Interno Bruto) subiu de 1,7% para 1,9%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central. O BC aonda projeta consumo das famílias moderado e retomada dos investimentos neste ano.

Números do IBGE mostraram alta no desemprego. A taxa de desemprego subiu de 7,6% para 7,8% no trimestre de dezembro a fevereiro, diante do aumento no número de pessoas em busca de trabalho. O dado ficou em linha com as expectativas colhidas em pesquisa da Reuters, mas é o mais fraco para trimestres encerrados em fevereiro desde 2015.

Investidores também reagiram a falas de diretor do Fed. Christopher Waller disse ontem (27) que os números decepcionantes da inflação confirmam que o Banco central dos EUA deve adiar o corte na taxa de juros. "Isso impulsiona o dólar, que ganha de seus pares e de moedas emergentes e ligadas às commodities", explicou à Reuters Guilherme Esquelbek, da Correparti Corretora.

Segue a expectativa por dados de inflação dos EUA. Estima-se que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), que sai amanhã (29), tenha subido 0,3% em fevereiro sobre o mês anterior e 2,8% nos últimos 12 meses. Para analistas, qualquer surpresa para cima será considerada como outro revés para as apostas de um corte dos juros americanos em junho.

Formação da Ptax

Última sessão do mês tende a ser mais volátil devido à Ptax. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas ou vendidas em dólar.

(Com Reuters)

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