Campanha faz alerta para câncer de pulmão
"Começamos a ter um olhar mais dirigido ao câncer de pulmão por causa do número expressivo de casos. Também temos visto que as pessoas estão chegando no sistema de saúde em uma fase muito avançada da doença", explica Marlene Oliveira, presidente e fundadora do Instituto Lado a Lado pela Vida.
Segundo ela, a campanha também tem como objetivo tirar o estigma dos pacientes com câncer de pulmão, que, muitas vezes, são tratados com insensibilidade ou são vítimas de preconceito. "O paciente com câncer de pulmão é colocado como o grande vilão, porque as pessoas pensam que foi ele que ocasionou isso. Alguns têm vergonha de dizer que têm câncer, porque a cobrança é muito grande. A gente quer empoderar o paciente."
Além do raio X, a campanha também conta com um pulmão com seis metros de altura e seis metros de largura, que foi usado no ano passado e deve ser colocado em locais com grandes públicos, como estádios de futebol.
No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres e o primeiro no mundo desde 1985. A estimativa é de 31.270 novos casos (2018), dos quais 18.740 serão em homens.
O cigarro é um dos principais causadores da doença
O tabagismo é a principal causa da doença, mas há outros fatores de risco. "Existem várias hipóteses. O cigarro está relacionado a 80% dos tumores, mas não é o único fator. O que se fala em estudos é que a poluição é um fator de risco, principalmente entre jovens", afirma Fernando Santini, oncologista do Hospital sírio-libanês de São Paulo e membro do comitê científico do instituto.
Ele diz que a adoção de bons hábitos, como não fumar e ter alimentação saudável e fazer exames de rastreamento são medidas a serem adotadas para evitar a doença.
"Pessoas de 55 a 80 anos que fumam ou que pararam de fumar há menos de 15 anos têm indicação de fazer tomografia de baixa dose de radiação uma vez por ano. O objetivo é detectar nódulos pulmonares enquanto estão pequenos. Em mulheres, isso reduz em 40% a chance de morte." Segundo Santini, o tratamento pode ser feito com medicamentos, associação de quimioterapia e imunoterapia e cirurgia.
Paula Felix
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