Topo
Notícias

Último discurso de Martin Luther King Jr. completa 50 anos; veja a íntegra traduzida

Martin Luther King Jr. durante discurso "I have a dream" (Eu tenho um sonho), em 28 de agosto de 1963. Quase cinco anos após seu mais famoso discurso, King pronunciou suas últimas palavras em público - AP
Martin Luther King Jr. durante discurso "I have a dream" (Eu tenho um sonho), em 28 de agosto de 1963. Quase cinco anos após seu mais famoso discurso, King pronunciou suas últimas palavras em público Imagem: AP

Do BOL, em São Paulo

03/04/2018 16h04

O assassinato de Martin Luther King Jr. completa 50 anos nesta quarta-feira (4). O pastor foi o maior líder norte-americano na luta pelos direitos cívicos dos negros.

Um dia antes de ser assassinado, King falou, durante uma pregação, sobre as ameaças de morte que recebia diariamente. O discurso não é tão famoso quanto o “I have a dream” (“Eu tenho um sonho”), feito quase cinco anos antes, mas é impactante e cheio de esperança.

Relembre abaixo, no texto traduzido e no vídeo legendado, as últimas palavras de King em público, que completam 50 anos nesta terça (3):

"Temos dias difíceis pela frente, porém isso não importa. Eu estive no topo da montanha. Mas isso não me importa. Como qualquer pessoa, eu gostaria de viver uma longa vida. A longevidade tem seu lugar, porém isso não me preocupa agora. Eu só quero fazer a vontade de Deus! Ele me permitiu subir a montanha e tenho olhado, e tenho visto a Terra Prometida. Pode ser que não chegue lá com vocês, mas quero que saibam esta noite que nós, como povo, chegaremos à Terra Prometida! Por isso estou feliz esta noite; nada mais me preocupa. Não temo a nenhum homem! Meus olhos têm visto a glória vinda do Senhor!"

Líder ativista

Nascido no sul segregacionista dos EUA, em Atlanta, Geórgia, no dia 15 de janeiro de 1929, Martin Luther King Jr. liderou ou coliderou protestos que conquistaram os maiores avanços de direitos civis dos negros naqueles anos, começando pelo boicote aos ônibus da cidade de Montgomery quando uma mulher negra, Rosa Park, foi presa por se negar a ceder seu lugar a um branco.

O protesto acarretou a detenção de King, mas a segregação nos ônibus terminou, e a luta ativa pela igualdade racial foi iniciada. O pastor ficou famoso pelos protestos pacíficos, sem incentivo à violência. Tanto que, em 1964, obteve o “Prêmio Nobel da Paz” e, em 1965, o “Pacem in Terris”, prêmio em comemoração da encíclica papal, escrita pelo Papa João 13.

No dia 4 de abril de 1968, o ativista foi morto no sul dos EUA, em um hotel de Memphis, Tennessee, supostamente por um branco racista, James Earl Ray. Porém até hoje não se confirmaram as reais condições da morte, pois Ray, que inicialmente confessou o crime e foi condenado, voltou atrás e se disse inocente até morrer, em 1998, na prisão.

Quer receber notícias de graça por mensagem no seu Facebook? Clique AQUI e digite Notícias após acessar o Messenger. É muito simples!

Notícias