Topo
Notícias

Dimas Covas humilhou negacionistas com a verdade na CPI da Covid, diz Doria

O governador João Doria (PSDB) ao lado de Dimas Covas - Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo
O governador João Doria (PSDB) ao lado de Dimas Covas Imagem: Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo
do UOL

Lucas Borges Teixeira

Do UOL, em São Paulo

27/05/2021 17h09

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), exaltou a ida do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, à CPI da Covid em Brasília hoje. Em discurso no Palácio dos Bandeirantes, o tucano disse que o pesquisador "humilhou os negacionistas" em seu depoimento.

Nesta tarde, Doria anunciou o investimento de R$ 580 milhões em dois anos para a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Em meio ao discurso, ele voltou a atacar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em tom mais exaltado que o usual e disse que o país "andou 20 anos para trás".

Um cientista brasileiro, de São Paulo, Dimas Covas, falando a verdade e humilhando, com a verdade, as mentiras dos negacionistas, a mentira de um governo que se distancia cada vez mais do povo que o elegeu."
João Doria

Covas foi o convidado de hoje na CPI da Covid. Em seu depoimento, ele defendeu as vacinas, entre elas a CoronaVac, desenvolvida pelo Butantan com a chinesa Sinovac, e acusou o governo de não ter comprado o imunizante no ano passado.

O diretor do Butantan contradisse o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e culpou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo atraso nas negociações da compra da vacina CoronaVac pelo governo federal.

[Dimas Covas] está demonstrando pelos dados o que é a verdade e confrontando negacionistas e mentirosos que tentam defender o indefensável.
João Doria

À imprensa, ele voltou a elogiar o depoimento do diretor do Butantan. "Ele foi brilhante porque falou a verdade — e a verdade sempre dói àqueles que são contrabandistas da mentira, que são defensores do negacionismo", afirmou o governador.

Doria, que apoiou a eleição de Bolsonaro em 2018, rompeu com o governo desde o início da pandemia e tem sido cada vez mais rígido nas críticas ao presidente. Enquanto exaltava o investimento para a Fapesp em entrevista coletiva, declarou que a União fez "exatamente o oposto".

"Ano após ano, este governo [promoveu] a redução de recursos para a ciência, a negação da ciência à pesquisa. Um desastre completo. O Brasil não andou dez anos para trás, andou duas décadas. Vinte anos o Brasil retroagiu em inovação, educação e pesquisa", declarou Doria.

R$ 580 milhões para Fapesp

O governo de São Paulo anunciou um aporte de R$ 580 milhões para a Fapesp em iniciativas voltadas para ciência, tecnologia e inovação. O investimento será distribuído em várias frentes, desde o incentivo à inovação em empresas até o financiamento de pesquisa básica.

Nesta quinta, já foi aberto um edital voltado de R$ 120 milhões, revertidos para a Fapesp, voltados a projetos de inovação em oito áreas: Saúde; Eficiência Energética; Agricultura e Abastecimento; Manufatura Avançada e Materiais Avançados; Cidades Inteligentes e Segurança Pública; Conservação do Meio Ambiente e Sustentabilidade; Cultura e Economia Criativa; e Esportes.

Notícias