SP retoma quarentena mais restritiva diante recorde de mortes por Covid-19
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O Estado de São Paulo voltará à fase mais restritiva do plano de quarentena, na qual somente atividades consideradas essenciais podem operar, anunciou nesta quarta-feira o governador João Doria (PSDB), em um momento de recordes nas internações por Covid-19 no Estado e de mortes causadas pela doença.
Na fase vermelha do plano de quarentena paulista, bares e restaurantes não podem realizar atendimento presencial, somente pelo sistema de delivery, e shoppings centers e o comércio não essencial devem permanecer fechados.
Doria disse em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes que a medida entrará em vigor a partir de sábado e valerá por 14 dias, até 19 de março. As escolas permanecerão abertas.
"A Fase Vermelha permite o funcionamento apenas de setores essenciais, como saúde, educação, segurança pública e privada, construção civil, indústria, logística e abastecimento, transporte coletivo, comunicação social e serviços gerais", disse Doria.
"Agora vamos enfrentar as duas piores semanas da pandemia desde o início do primeiro caso de Covid-19 no Brasil", acrescentou o governador.
A volta à fase vermelha em todo o Estado --medida que havia sido adotado no início da pandemia há um ano-- acontece diante do recorde de internações e explosão de casos e mortes.
São Paulo registrou na terça-feira o recorde de óbitos em 24 horas, com 468, e o próprio Doria havia afirmado nos último dias que o Estado vive o pior momento da pandemia, assim como o restante do país.
A adoção de medidas mais duras vem sendo defendida por diversos especialistas, num momento em que 18 Estados e o Distrito Federal tem ocupação superior a 80% nos leitos de terapia intensiva e diante de recordes de mortes diárias causadas pela Covid-19 em todo o Brasil, num momento e que se dissemina no Brasil uma variante mais contagiosa do coronavírus originada na cidade de Manaus.
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