Países latino-americanos querem mais tempo para aderir a plano da OMS para vacina contra Covid-19
Por Anthony Boadle
BRASÍLIA (Reuters) - Diversos países latino-americanos informaram à Organização Mundial de Saúde (OMS) que pretendem pedir mais tempo para se registrarem para o plano global de alocação de vacinas para a Covid-19, batizado de Covax, afirmou uma autoridade de um braço regional da OMS nesta quinta-feira.
Países tem até a meia-noite de sexta-feira para formalizar os compromissos legalmente vinculantes à Covax, um mecanismo para a aquisição coletiva e distribuição igualitária de eventuais vacinas.
Um representante para a Aliança Gavi, o secretariado da Covax, disse por e-mail que os detalhes sob os quais os governos dos países aderiram à Covax serão disponibilizados publicamente após o prazo.
Autoridades de saúde do México, que tem o pior quadro da pandemia na América Latina depois do Brasil, anunciaram que assinariam o compromisso a tempo. O Brasil, que tem o quadro mais grave depois dos Estados Unidos e da Índia, pediu mais tempo para tomar uma decisão. [nL1N2GE2FC]
Mais de 170 países aderiram ao plano global para compra e distribuição de doses de vacina contra a Covid-19 de maneira justa e por todo o mundo, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na quinta-feira.
O diretor-assistente da Organização Panamericana de Saúde, Jarbas Barbosa, disse em um pronunciamento na quarta-feira que os países latino-americanos estavam apresentando problemas para cumprir o prazo e que alguns queriam adiar a data estabelecida.
(Reportagem de Anthony Boadle, em Brasília; Diego Ore, na Cidade do México; Julia Cobb, em Bogotá; Daniela Desantis, em Assunção)
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