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Mundo celebra 50 anos do homem na Lua enquanto Rússia e EUA disputam conquista do espaço

20/07/2019 14h05

Há exatos 50 anos, os astronautas americanos Neil Armstrong e Buzz Aldrin se tornaram os primeiros humanos a pisar na Lua. Vários eventos são realizados para marcar a data. Mas o aniversário também ressalta a rivalidade entre Estados Unidos e Rússia na conquista espacial.

A NASA se prepara para o aniversário há semanas, com inúmeras exposições e eventos nos centros espaciais da Flórida (Kennedy) e Houston, Texas (Johnson). Neste sábado (20), na ausência do presidente Donald Trump, seu vice-presidente, Mike Pence, fará um discurso do Kennedy Center, de onde decolaram Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, o terceiro membro da Apollo 11, que permaneceu na órbita lunar. Todos nasceram em 1930.

Além da celebração nos Estados Unidos, um americano, um italiano e um russo iniciam uma missão em direção à Estação Espacial Internacional (ISS). Alexander Skvortsov, da agência russa Roscosmos; Andrew Morgan, da NASA; e Luca Parmitano, da Agência Espacial Européia (ESA), devem decolar às 16h28 GMT (13h28 de Brasília) do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. O início da viagem foi marcado para 20 de julho para coincidir exatamente com os primeiros passos dos astronautas americanos na Lua em 1969.

O feito da missão Apollo 11 foi transmitido pela televisão para cerca de 500 milhões de pessoas. Seu módulo lunar (LEM), o Eagle, pousou no solo lunar em 20 de julho de 1969 às 17h17 de Brasília. Um pouco mais de seis horas depois, às 23h56 em Brasília, o major Armstrong colocou o pé esquerdo na superfície lunar e pronunciou a frase pela qual ele sempre será lembrado: "É um pequeno passo para o homem, um grande passo para a Humanidade".

Competição entre russos e americanos

Cinco décadas depois da Apolo 11, a Rússia e o Ocidente ainda competem no desenvolvimento aeroespacial. Moscou lançou deu a largada à corrida espacial ao lançar, em 1957, o primeiro satélite artificial ao espaço, o Sputnik 1. Em 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin tornou-se o primeiro homem a chegar ao espaço.

Os russos veem nessas proezas um símbolo de superioridade tecnológica da qual se orgulham até hoje. Até um parque, batizado Patriot Park, foi criado na região de Moscou para celebrar a potência militar russa e as conquistas espaciais.

Os europeus, por meio da Agência Espacial Europeia (ESA), estão cada vez mais envolvidos nas missões de pesquisa espacial. No entanto, desde 2011, os foguetes russos são os únicos capazes de enviar tripulação para a ISS. Mas o fracasso de um lançamento em outubro de 2018, os escândalos de corrupção na agência russa Roscosmos e a concorrência da empresa SpaceX de Elon Musk comprometeram essa exclusividade.

A Rússia já enviou sete turistas para a estação e, de acordo com a Roscosmos, planeja retomar essas expedições em 2021. No início deste ano, um acordo foi assinado com a agência espacial russa e a empresa norte-americana Space Adventures.

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