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Polícia dispersa manifestações em Caracas com gás lacrimogêneo e disparos

23/01/2019 19h05

Caracas, 23 jan (EFE).- Policiais começaram a dispersar com gás lacrimogêneo os manifestantes opositores que se espalharam em diferentes pontos de Caracas depois de uma mobilização que acompanhou o chefe do parlamento, o opositor Juan Guaidó, que nesta quarta-feira se autoproclamou presidente.

Gered Prieto, um estudante de 15 anos, disse à Agência Efe que na região de Chacao os policiais "começaram a lançar chumbo (disparos) e nós estávamos nos resguardando (...) a polícia me jogou contra a parede e me jogou uma bomba na cara".

A Efe pôde constatar que os agentes lançaram bombas de gás lacrimogêneo e dispararam balas de chumbo que deixaram pelo menos duas pessoas feridas.

Os repórteres da agência também presenciaram o lançamento de gás lacrimogêneo por funcionários motorizados contra manifestantes que responderam correndo pelas avenidas.

Meios de comunicação locais exibem vídeos nos quais se observa a ação das forças na avenida Francisco Fajardo, principal artéria viária da capital venezuelana.

Além disso, mostram situações similares em diferentes pontos da cidade como Altamira, El Rosal, Las Mercedes assim como em diferentes estados do interior do país.

Nesta mesma jornada, a polícia impediu uma concentração no setor de El Paraíso, ao oeste da cidade, que pretendia unir-se à macha opositora.

Centenas de milhares de venezuelanos estão se manifestando nessa quarta-feira nos 23 estados do país e no Distrito Capital contra Nicolás Maduro, no marco de uma mobilização convocada pela oposição para desconhecer a legitimidade do segundo mandato do presidente, que acaba de começar.

Uma fonte do Ministério Público venezuelano informou à Efe que estão sendo investigadas seis mortes ocorridas nas últimas horas no meio dos protestos antigovernamentais, enquanto, segundo o governo do estado Táchira, outras duas pessoas morrearm nessa região. EFE

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