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Fundo de Aviação Civil poderá socorrer aéreas com crédito e garantias, diz Mercadante

09/05/2024 19h23

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Fundo Nacional de Aviação Civil poderá ser usado para ajudar as empresas aéreas brasileiras que ainda sofrem os impactos da crise no setor causado pela pandemia de Covid-19, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, nesta quinta-feira.

Segundo ele, os recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil poderão ser usados como canal de financiamento às companhias e eventualmente como um garantidor de empréstimos do setor.

Os detalhes do apoio, de acordo com Mercadante, ainda estão sendo discutidos no governo e não há prazo para um anúncio.

"Temos um fundo, o da Aviação Civil,...formado por contribuições que vêm de atividades ligadas à esse setor e que pode ser acionado como fundo garantidor e oferecer crédito“, disse a jornalistas o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

"Tem sim essa discussão para buscar criar uma linha de crédito e usar esse fundo para superar a crise no setor … mas o fundo tem que passar por alguns ajustes", acrescentou.

Mercadante destacou que, depois da pandemia, as empresas aéreas de Europa e dos EUA receberam subsídios de seus governo para compensar perdas financeiras privadas pela baixa operação de voos, enquanto no Brasil não houve apoio.

"Os aviões ficaram quase um ano o chão e tendo que pagar equipe, leasing, taxa de aeroportos, os custos continuaram e as empresa sem faturamento. O setor aéreo é importante para nós, hoje elas estão bem, com faturamento crescente e resultados excelentes, mas ainda têm um passivo da pandemia."

EMBRAER

Mercadante disse ainda que o BNDES deve apoiar este ano o financiamento de mais de 90 aeronaves da Embraer, ante 67 em 2023.

Ele destacou que a demanda por aviões da Embraer é crescente e muitos países têm procurado a empresa para manifestar potencial interesse nos jatos da companhia.

"O Paraguai por exemplo quer comprar aviões da Embraer. O BNDES foi convidado para conversar com o presidente da República para financiar essa compra", disse Mercadante.

"São vários países com pedidos muito sólidos, não só de aviões comerciais mais também do KC-390 e o super Tucano, e nós ainda discutindo com eles o Eve, o carro voador. Todos os pedidos que chegam da Embraer nos olhamos com muita atenção."

(Por Rodrigo Viga Gaier)

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