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Nove corpos são encontrados em região mexicana assolada por escalada de violência

08/05/2024 21h22

Nove cadáveres foram encontrados nesta quarta-feira (8) na cidade de Morelos, estado de Zacatecas, no norte do México, um dia depois que outros nove corpos apareceram em uma avenida de Fresnillo, nessa mesma demarcação, informaram as autoridades.

Zacatecas enfrenta um aumento de atos violentos após a captura recente de criminosos, de acordo com autoridades.

"Foi atendida a ocorrência da descoberta de nove corpos sem vida, que correspondem a indivíduos do sexo masculino", informou o Ministério Público de Zacatecas em um breve comunicado, sem dar mais detalhes.

E "em relação aos eventos registrados em 7 de maio, no município de Fresnillo, [...] informa-se que foram identificadas cinco vítimas, que já foram entregues às suas famílias", conclui a nota.

Ao lado desses últimos corpos foram encontradas "mensagens dirigidas a um grupo antagônico", disse, por sua vez, o secretário de governo do estado de Zacatecas, Rodrigo Reyes.

Eles foram abandonados perto de um mercado dois dias depois que grupos criminosos bloquearam estradas e queimaram veículos de carga em resposta à captura de 13 supostos criminosos em Fresnillo.

O México acumula cerca de 450 mil homicídios e mais de 100 mil desaparecidos desde que, em 2006, o Estado lançou uma ofensiva de combate às drogas com participação militar.

A falta de segurança é um dos eixos da campanha para as eleições presidenciais de 2 de junho. A candidatada da situação de esquerda, Claudia Sheinbaum, lidera as pesquisas de intenção de voto, à frente da opositora de centro-direita Xóchitl Gálvez e de Jorge Álvarez Máynez (centro-esquerda).

Sheinbaum pretende dar continuidade ao enfoque do presidente Andrés Manuel López Obrador, que, segundo ele, privilegia a atenção às causas da violência, como a pobreza e a exclusão, à guerra frontal contra os cartéis.

Por outro lado, Gálvez promete capturar os grandes chefões do crime e, assim, pôr fim à estratégia de "abraços, e não disparos", como López Obrador batizou sua política de segurança.

jg/dga/rpr/am

© Agence France-Presse

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