Ex-deputado italiano é condenado a 25 anos por ligação com máfia
A decisão foi tomada pela juíza Silvia Capone no final do julgamento do processo chamado "Gotha", que apura a ligação do grupo mafioso da Calábria com a política italiana. O inquérito apurou um "sistema ambíguo de poder" que se caracterizou pelo envolvimento dos criminosos em ambientes institucionais, regionais e nacionais.
Romeo é considerado o responsável por um projeto subversivo que permitiu à gestão estratégica da 'Ndrangheta transformar as instituições em uma máquina de lavagem de dinheiro sujo há mais de cinco anos.
Ao todo, 30 réus foram julgados por diversos crimes ligados à máfia, como associação mafiosa, compra de votos, corrupção, extorsão, fraude e falsidade ideológica, sendo que 15 foram absolvidos e 15 condenados.
O ex-subsecretário de Reggio Calabria Alberto Sarra terá que cumprir pena de 13 anos de prisão. Entre os condenados também estão Giuseppe Chirico e Carmelo Giuseppe Cartisano (20 anos); Antonio Marra (17 anos); Francesco Chirico e Salvatore Gioè (16 anos); Giuseppe Strangio (9 anos e 4 meses); Alessandro Delfino (5 anos); Giovanni Zumbo e Giuseppe Giovanni Rocco (3 anos e 6 meses); Vincenzo Carmine Barbieri (3 anos e 4 meses); Angela Minniti (2 anos e 8 meses); Marcello Cammera e Paolo Giustra (2 anos).
Já o ex-senador do Forza Italia Antonio Caridi e o ex-governador da província de Reggio Calabria Giuseppe Raffa foram absolvidos.
Além das sentenças, foi pedida uma multa por danos causados às partes cíveis no valor total de cerca de 300 mil euros.
O julgamento é encerrado após mais de quatro anos. O processo foi iniciado em 2016 em decorrência de uma investigação coordenada pelo procurador-adjunto Giuseppe Lombardo, da Direção Distrital Antimáfia (DDA).
A 'ndrangheta é um dos maiores grupos mafiosos italianos e, apesar de ser menos "famosa" internacionalmente que a siciliana Camorra, está espalhada por diversos setores da economia da Itália, sendo muito mais infiltrada e de difícil detecção.
(ANSA)
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