Pompeo insinua envolvimento do Irã em assassinato de especialista iraquiano

Washington, 8 Jul 2020 (AFP) - O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, exigiu nesta quarta-feira (8) justiça pelo assassinato de um especialista iraquiano em jihadismo e destacou ameaças contra ele por parte de grupos ligados ao Irã.

Hisham al Hashimi, que se tornou mediador de grupos rivais no Iraque por seu vasto conhecimento do assunto, foi morto a tiros por homens em motocicleta na noite de segunda-feira, perto de sua casa em Bagdá.

"Nos dias que antecederam sua morte, ele foi ameaçado repetidamente por grupos armados apoiados pelo Irã", disse Pompeo em uma entrevista coletiva em Washington, sem acusar Teerã explicitamente.

"Os Estados Unidos se unem às nações aliadas para condenar fortemente seu assassinato e exortam o governo iraquiano a levar rapidamente à Justiça os autores desse terrível crime", afirmou.

Hashimi era uma voz conhecida sobre os movimentos extremistas sunitas, incluindo o grupo Estado Islâmico, que se opõe violentamente ao Irã.

Ele enfureceu, porém, facções apoiadas por Teerã na rede militar iraquiana Hashed al-Shaabi por apoiar os protestos populares do ano passado contra um governo de Bagdá considerado próximo demais do Irã.

Alguns especialistas manifestaram temores de uma nova fase de violência no Iraque e acreditam que o ponto de virada pode ter sido em janeiro passado, quando um ataque dos EUA em Bagdá matou o general iraniano Qassem Soleimani.

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