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Leilão de vinhos do Rigopiano irrita familiares de vítimas

11/11/2019 13h04

PESCARA, 11 NOV (ANSA) - Garrafas de vinho retiradas dos escombros do Hotel Rigopiano, destruído por uma avalanche no centro da Itália em janeiro de 2017, foram leiloadas por 1,8 mil euros, ágio de mais de 150% sobre o preço base de 700 euros.   

A notícia revoltou familiares das 29 vítimas da tragédia, que descobriram a notícia apenas no fim da semana passada, embora o leilão tenha sido feito em 30 de outubro. "O que mais os chocou foi o fato de ter havido um leilão com pessoas competindo para assegurar as garrafas da cantina da morte", disse o advogado dos parentes, Romolo Reboa.   

O leilão foi autorizado pelo Tribunal de Pescara, no âmbito do processo de falência da empresa dona do Hotel Rigopiano. Apenas um dos 15 lotes acabou vendido, mas já foi o suficiente para causar indignação. "Quem vai fazer esse brinde macabro?", questionaram os familiares das vítimas.   

O lote leiloado inclui vinhos premiados, espumantes e cervejas que ficavam na cantina do hotel. Já os outros contemplam objetos como quadros, móveis, vasos, livros, esculturas, pratos, banheiras de hidromassagem e aparelhos de tratamento estético.   

A avalanche sobre o Rigopiano ocorreu em 18 de janeiro de 2017, em meio à sequência de terremotos na Itália Central. Mais de 20 pessoas respondem por crimes como desastre culposo, homicídios culposos, falsidade ideológica, construção abusiva e abuso de poder, mas até hoje ninguém foi condenado.   

Os funcionários do hotel, que estava bloqueado pelo mau tempo, já haviam solicitado resgate, e os hóspedes estavam reunidos na recepção e nas áreas de convivência, aguardando a chegada de um caminhão limpa-neve para ir embora. (ANSA)
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