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Semana do Clima da ONU se solidariza com a Amazônia

Protestos durante a Semana do Clima em Salvador - Alexandre Santos/UOL
Protestos durante a Semana do Clima em Salvador Imagem: Alexandre Santos/UOL

Em Salvador

23/08/2019 22h35

Com as chamas atingindo a Amazônia, a Semana do Clima da América Latina e Caribe terminou hoje em Salvador, solidarizando-se com os atingidos pelos incêndios e consolidando o protagonismo da região rumo à cúpula mundial sobre mudança climática (COP25) que será realizada no Chile em dezembro.

Organizada pela ONU antes da cúpula sobre mudança climática de Nova York em setembro, a Semana reuniu políticos, representantes da sociedade civil e empresas para coordenar ações que permitam alcançar as metas do Acordo de Paris, limitando o aquecimento global a 1,5ºC em relação à era pré-industrial.

Envia-se "uma mensagem de solidariedade com todas as pessoas do Brasil que sofrem as consequências dos incêndios florestais na região amazônica", apontou a organização ao finalizar o evento.

Por sua vez, ressaltou em suas conclusões que "proteger as florestas do mundo é uma responsabilidade coletiva, que as florestas são vitais para a vida e que são uma parte crítica da solução para a mudança climática".

A emergência desatada por incêndios na floresta amazônica eclipsou o desenvolvimento da reunião de Salvador, mas permitiu que cerca de 4.000 participantes debatessem soluções sustentáveis para frear o aquecimento global.

Na Semana do Clima em Salvador, ACM Neto (à esq.) e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (centro) - Alexandre Santos/UOL - Alexandre Santos/UOL
Na Semana do Clima em Salvador, ACM Neto (à esquerda) e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (centro)
Imagem: Alexandre Santos/UOL

Martín Frick, diretor do programa de mudança climática da ONU, destacou à AFP a "forte participação das comunidades locais (...) e dos jovens, que realmente fazem pressão" para que as metas globais de mudança climática sejam cumpridas.

Gonzalo Muñoz - 'Champion' da COP25 do Chile - chamou a América Latina a "ser um grande provedor de soluções baseadas na natureza", afirmando que o caminho é "conseguir um sistema agroflorestal que funcione dentro dos limites planetários", em equilíbrio com o meio ambiente.

Potencializar o uso de energias renováveis, restaurar os solos degradados nas florestas, envolvendo a experiência dos pequenos agricultores, e avançar no cuidado das zonas costeiras, foram outros pontos destacados no encerramento da semana.

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