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Equatorianos protestam contra incêndios na Amazônia em embaixada do Brasil

23/08/2019 20h39

Quito, 23 ago (EFE).- Centenas de pessoas protestaram nesta sexta-feira em frente à embaixada do Brasil em Quito, no Equador, contra os incêndios que há 15 dias devastam parte da Amazônia e em rejeição às polêmicas respostas do presidente Jair Bolsonaro diante da crise ambiental.

Como em outros países, a intensificação dos incêndios provocados pela forte seca, as altas temperaturas e o avanço do desmatamento na Amazônia brasileira despertaram no Equador a reação de grupos ambientalistas e também indígenas, que cobram medidas internacionais contra o desastre.

"Estamos em plena emergência climática, e o governo irresponsável de Jair Bolsonaro está há mais de 20 dias sem apagar o incêndio na Amazônia", disse à Agência Efe Daniel Villamar, porta-voz do movimento "Rebelião ou Extinção do Equador".

"Este incêndio diz respeito a todos os cidadãos do mundo, e o governo do Equador deve ter uma consciência climática global", acrescentou.

Por sua vez, Vincent Solorzano, da ONG "Tudo pelo Mundo", afirmou que "os governos do Brasil, da Bolívia, em geral da América do Sul e do mundo, não se manifestaram contra um incêndio que estava acabando com nosso pulmão, com o nosso oxigênio, com a nossa natureza".

Com cartazes nos quais se lia "Todos somos a Amazônia", "Cuidemos da água, cuidemos do ar", "Rebelião" e "O capitalismo e o especismo matam a Amazônia", os manifestantes se reuniram no começo da tarde em frente à embaixada.

"Hoje é o Brasil, amanhã o Yasuní", gritavam os ativistas em referência à principal reserva natural da Amazônia equatoriana e onde há seis anos começaram atividades de extração de petróleo.

"Não é fogo, é capitalismo", gritavam outros ao atribuir a deterioração da bacia amazônica à exploração com interesses comerciais.

Depois de uma hora e meia em frente à legação, da qual nenhum representante saiu para receber um manifesto redigido pelos ativistas, os participantes fecharam o trânsito e fizeram uma passeata por regiões próximas. EFE

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