Pré-candidata democrata pede início de processo de impeachment contra Trump
Washington, 19 abr (EFE).- A senadora Elizabeth Warren, uma das pré-candidatas democratas à presidência dos Estados Unidos, pediu nesta sexta-feira à Câmara de Representantes que inicie o processo de julgamento político do presidente Donald Trump devido à "gravidade" das revelações incluídas no relatório do chamado "Caso Rússia".
"A gravidade da sua má conduta exige que os funcionários eleitos de ambos partidos deixem de lado considerações políticas e cumpram seu dever constitucional. Isso significa que a Câmara deveria iniciar o processo de impeachment contra o presidente dos EUA", escreveu a senadora na sua conta do Twitter.
Warren destacou as revelações do relatório elaborado pelo promotor especial Robert Mueller, divulgado nesta quinta-feira, no qual são relatados vários episódios de Trump para entorpecer a investigação sobre a possível conspiração com a Rússia durante as eleições de 2016.
A senadora considera que o documento de Mueller detalha as tentativas da Rússia para que Trump fosse eleito presidente e como o atual governante "deu boas-vindas à ajuda" e "depois obstruiu a investigação".
"Ignorar os esforços repetidos para obstruir uma investigação na sua própria conduta desleal infligiria um grande e durável prejuízo neste país, e sugeriria que tanto o atual como futuros presidentes estariam livres para abusar de seu poder de maneira similar", acrescentou.
Os democratas contam com a maioria na Câmara dos Representantes, onde deveria se iniciar o processo de impeachment, mas sua presidente, Nancy Pelosi, já expressou temor sobre as consequências desta medida e seus efeitos em relação às eleições presidenciais de 2020.
Outros pré-candidatos democratas à presidência, como o ex-congressista Beto O'Rourke, evitaram pronunciar-se e assinalaram que se trata de competência dos legisladores federais.
Mueller explica no seu relatório o desenvolvimento das suas averiguações sobre a suposta conexão entre a equipe eleitoral de Trump e a Rússia na campanha para os pleitos presidenciais de 2016 e a suposta obstrução à Justiça por parte do presidente.
No entanto, o promotor especial conclui que não havia "provas suficientes para apoiar acusações criminais" relacionadas com os "vários contatos entre indivíduos vinculados ao governo russo" e a campanha de Trump, mas deixa dúvidas sobre uma possível obstrução à Justiça. EFE
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