Chefe da ONU pede que a Venezuela 'não use força letal contra manifestantes'
Nações Unidas, Estados Unidos, 22 Fev 2019 (AFP) - O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu nesta sexta-feira para o governo venezuelano de Nicolás Maduro "não usar a força letal contra manifestantes" após se reunir com o chanceler Jorge Arreaza.
O líder da Assembleia Nacional venezuelana Juan Guaidó, reconhecido por cerca de 50 países como presidente interino da Venezuela, garante que a ajuda humanitária estrangeira vai entrar neste sábado na Venezuela, custe o que custar.
Maduro rejeita a ajuda e garante que este é o início de uma ação militar para derrubá-lo, liderada pelos Estados Unidos.
"O secretário-geral pediu às autoridades venezuelanas que não usem força letal contra os manifestantes", afirmou seu gabinete em um comunicado.
Guterres disse que a ONU "continuará a agir de acordo com os princípios humanitários de humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência, trabalhando com instituições venezuelanas para ajudar pessoas necessitadas".
Guterres se reuniu na quinta-feira na ONU com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e também lhe pediu para "evitar a violência" na Venezuela, disse seu porta-voz, Stephane Dujarric.
O chefe da ONU rejeita toda a "politização" da ajuda humanitária.
"A ajuda humanitária deve ser usada de maneira imparcial (...) e sem um objetivo militar", insistiu seu porta-voz na sexta-feira, lamentando a morte de duas pessoas em confrontos com o exército venezuelano na fronteira com o Brasil.
Dois indígenas foram mortos e 15 ficaram feridos em um confronto com militares venezuelanos na fronteira com o Brasil, quando tentavam impedir que soldados bloqueassem uma estrada para a entrada de ajuda humanitária, informou a Kapé Kapé, uma organização de direitos humanos.
Guterres concordou com Pompeo e Arreaza em atender pedidos, mas resiste a pressões para tomar partido.
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