Repsol recebe licença dos EUA para operar na Venezuela, diz chefe da estatal PDVSA
A petrolífera espanhola Repsol recebeu uma licença individual dos Estados Unidos para operar na sancionada Venezuela, informou, nesta sexta-feira (24), o presidente da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), Pedro Tellechea.
Ambas as empresas firmaram um acordo para aumentar a produção conjunta de petróleo e gás em 17 de abril, o mesmo dia em que Washington anunciou o fim da flexibilização de seu embargo petroleiro à Venezuela por questionamentos sobre a eleição de 28 de julho.
Essa medida obriga agora as empresas que queiram operar no país a pedir licenças individuais.
Tellechea, que também é ministro do Petróleo, mostrou-se otimista de que a produção de hidrocarbonetos venezuelanos chegue ao milhão de barris este ano impulsionada pela operação com a Repsol. Atualmente, segundo o responsável, alcança os 924.000 barris diários (bd).
"Vamos começar a ver o que [produzem] os companheiros da Repsol, que celebramos que acabam de lhe dar a licença", disse Tellechea durante um fórum de industriais. "Celebramos que a Repsol siga trabalhando na Venezuela. Com licença ou sem licença, nós seguimos trabalhando com eles."
"A Chevron tem sua licença e há uma quantidade de empresas que estão recebendo suas licenças", acrescentou.
A oferta de petróleo da Venezuela vem crescendo. Segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a produção do país sul-americano está em cerca 800.000 bd, depois de uma média girando em torno de 750.000 em 2023 e 680.000 em 2022.
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), dependente do Departamento do Tesouro americano, aprovou operações para a francesa Maurel & Prom (M&P) em 6 de maio e, quatro dias depois, para prestadoras de serviços como Halliburton, Schlumberger Limited, Baker Hughes Holdings LLC e Weatherford International.
Em outubro do ano passado, os Estados Unidos haviam suspendido parcialmente, por seis meses, sanções que haviam imposto ao petróleo e o gás da Venezuela em 2019.
Mas anunciou o fim dessa licença em abril, deu prazo para "a liquidação de transações" pendentes até 31 de maio, e incluiu um anexo que permite às empresas que desejam trabalhar com a Venezuela solicitar licenças específicas.
A Repsol conta com participação de 40% na empresa de economia mista Petroquiriquire, na qual a PDVSA tem os 60% restantes, segundo dados do grupo espanhol, que estima os passivos do empreendimento em aproximadamente 340 milhões de dólares (R$ 1,75 bilhão).
Esta companhia opera em várias regiões do oeste e leste do país sul-americano.
pgf-jt/erc/mr/rpr/ic
© Agence France-Presse
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.