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Europa sofre com epidemia de coqueluche, com quase 60 mil casos

Homem faz teste de coqueluche em centro em Zagreb, na Croácia - 29.nov.2023-Denis Lovrovic/AFP
Homem faz teste de coqueluche em centro em Zagreb, na Croácia Imagem: 29.nov.2023-Denis Lovrovic/AFP

Jennifer Rigby;

Londres

08/05/2024 09h09

Os países europeus registraram um aumento nos casos de coqueluche em 2023 e no primeiro trimestre de 2024, com 10 vezes mais casos identificados do que em cada um dos dois anos anteriores.

No total, quase 60 mil casos foram relatados pelos países da União Europeia e do Espaço Econômico Europeu durante o período, informou o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças na quarta-feira, com 11 mortes em bebês e oito entre adultos mais velhos.

A tosse convulsa, ou coqueluche, é uma infecção bacteriana dos pulmões e das vias aéreas, e é endêmica na Europa. Ela pode ser muito perigosa para bebês ou idosos.

Epidemias maiores de coqueluche devem ocorrer a cada 3 a 5 anos, mesmo em países com altas taxas de vacinação, disse a agência de saúde europeia, embora uma ligeira queda na imunização durante a pandemia da covid-19 possa ter sido um fator para o aumento. A circulação da coqueluche também foi muito baixa durante a pandemia e as restrições de movimento relacionadas a ela, fazendo com que o aumento parecesse maior.

No entanto, os números ainda são historicamente altos. Nos primeiros três meses de 2024, já foram registrados tantos casos quanto em um ano médio entre 2012 e 2019.

A agência observou que grande parte da população perdeu o aumento natural da imunidade à coqueluche por não ter sido exposta a ela durante a pandemia.

Os bebês com menos de seis meses correm um risco especial de contrair a infecção.

"É essencial lembrar as vidas que estão em jogo, especialmente as dos nossos pequenos. As vacinas contra a coqueluche são comprovadamente seguras e eficazes", disse Andrea Ammon, diretora da agência de saúde europeia.

A maioria dos países europeus imuniza rotineiramente as crianças contra a coqueluche e muitos também vacinam as mulheres grávidas para proteger seus bebês.

O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças disse que alguns países podem considerar a possibilidade de dar reforços para crianças mais velhas e adultos também, já que a imunidade pode diminuir.

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