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Veja data-limite em maio para garantir dividendos de Itaú e outras 11 ações

do UOL

Colunista do UOL

06/05/2024 12h04

Quer garantir proventos pingando na sua conta até dezembro? Oportunidade é o que não falta no mês de maio. Levantamento da coluna apresenta 12 empresas com "data com" para garantir dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). Na lista, há companhias como Engie (EGIE3), Irani (RANI3), Gerdau (GGBR4) e Itaúsa (ITSA4). Os valores chegam a até R$ 1,22 por ação.

Para ter direito a receber os proventos destas empresas, é preciso manter as ações em carteira até o final do pregão da "data com", que é a data limite para garantir os dividendos anunciados pelas companhias.

Abaixo, você encontra uma lista das ações com datas de corte nas próximas semanas para receber dinheiro na sua conta até dezembro. Confira também as empresas que pagam proventos em maio na Agenda de Dividendos do UOL

Até quando investir nestas ações para garantir dividendos?

Confira a lista de ações com "data com" entre 6 e 31 de maio:

Engie Brasil (EGIE3) - dividendos

  • Valor por ação EGIE3: R$ 1,22
  • Data com: 6 de maio de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 7 de maio de 2024
  • Data de pagamento: 26 de julho de 2024

Irani (RANI3) - dividendos

  • Valor por ação RANI3: R$ 0,043
  • Data com: 8 de maio de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 9 de maio de 2024
  • Data de pagamento: 31 de maio de 2024

Cury (CURY3) - dividendos

  • Valor por ação CURY3: R$ 0,91
  • Data com: 8 de maio de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 9 de maio de 2024
  • Data de pagamento: até dezembro de 2024 (pendente)

Eztec (EZTC3) - dividendos

  • Valor por ação EZTC3: R$ 0,06
  • Data com: 9 de maio de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 10 de maio de 2024
  • Data de pagamento: até 31 de maio de 2024

Metisa (MTSA3; MTSA4) - dividendos

  • Valor por ação MTSA3: R$ 0,40
  • Valor por ação MTSA4: R$ 0,44
  • Data com: 10 de maio de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 13 de maio de 2024
  • Data de pagamento: 27 de junho de 2024

Gerdau (GGBR3; GGBR4)

  • Valor por ação GGBR3: R$ 0,28
  • Valor por ação GGBR4: R$ 0,28
  • Data com: 15 de maio de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 16 de maio de 2024
  • Data de pagamento: 27 de maio de 2024

Metalúrgica Gerdau (GOAU3; GOAU4)

  • Valor por ação GOAU3: R$ 0,19
  • Valor por ação GOAU4: R$ 0,19
  • Data com: 15 de maio de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 16 de maio de 2024
  • Data de pagamento: 28 de maio de 2024

Mitre Realty (MTRE3) - dividendos

  • Valor por ação MTRE3: R$ 0,03
  • Data com: 23 de maio de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 24 de maio de 2024
  • Data de pagamento: 3 de junho de 2024

JHSF (JHSF3) - dividendos

  • Valor por ação JHSF3: R$ 0,03
  • Data com: 29 de maio de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 31 de maio de 2024
  • Data de pagamento: 10 de junho de 2024

Tupy (TUPY3) - dividendos

  • Valor por ação TUPY3: R$ 0,15
  • Data com: 29 de maio de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 31 de maio de 2024
  • Data de pagamento: 31 de outubro de 2024

Itaúsa (ITSA3; ITSA4) - JCP

  • Valor por ação ITSA3: R$ 0,02
  • Valor por ação ITSA4: R$ 0,02
  • Data com: 31 de maio de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 3 de junho de 2024
  • Data de pagamento: 1 de julho de 2024

Itaú (ITUB3; ITUB4) - JCP

  • Valor por ação ITUB3: R$ 0,018
  • Valor por ação ITUB4: R$ 0,018
  • Data com: 31 de maio de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 3 de junho de 2024
  • Data de pagamento: 1 de julho de 2024

Engie: DY de 8% e potencial de valorização

A Engie Brasil ainda garante o favoritismo dos agentes de mercado, mesmo que o pagamento possa ser reduzido. A empresa pode ter uma redução de payout (parcela do lucro líquido destinada a proventos). Mas a expectativa é de dividendos robustos para 2024, que podem apresentar crescimento nos próximos meses diante da queda da Selic, com a ação ganhando atratividade.

Teve retornos acima da média. Max Bohm, estrategista de ações da Nomos, cita que nos últimos anos a Engie entregou um dividend yield (retorno em proventos) superior a 7%, acima da média da Bolsa. Para os próximos 12 meses, a expectativa é de um retorno de 8%.

Contudo, em relação aos resultados do 1° trimestre, a realidade não é tão promissora. Bohm espera que haja uma queda na receita de energia eólica, em função de menos vento nos ativos da Bahia. Em contrapartida, a Engie deve ter um custo menor na compra de energia no mercado spot. "Vai ser um trimestre com receita normal em relação ao 1°tri23 e com uma margem um pouco melhor em função da redução de custos", afirma. A companhia divulga o seu balanço no dia 7 de maio.

Marco Saravalle, analista CNPI-P e sócio-fundador da MSX Invest, também projeta um dividend yield de 8% para Engie, com a possibilidade de aumento até 9,5% em 2025. "O yield é um dos melhores do setor, mas a ação também tem potencial de valorização", pontua.

O payout contudo deve ser de 25% até 2025, segundo Saravalle, dado que a Engie tem uma forte programação de investimentos pela frente, na casa dos R$ 14 bilhões em ativos eólicos e fotovoltaicos.

Para Saravalle, no entanto, investir é um bom sinal para a perpetuidade da companhia, que pode contribuir com o crescimento e expansão operacional da empresa no longo prazo.

Evite estes erros ao investir de olho em dividendos

  • Ignorar a "data com". O analista independente Ricardo Schweitzer diz que muitos investidores confundem o tempo que possuem as ações com o direito a receber os dividendos. A questão é que não importa se o investidor comprou a ação há três dias ou há 30 anos, se não tiver o papel na "data com" o provento vai para o novo dono. Se tiver a ação, ele receberá o dividendo.
  • Comprar uma ação na "data com" e vendê-la na "data ex". Investir com o intuito de caçar dividendos e vender a ação logo em seguida não é uma prática recomendada. Na verdade, o investidor está saindo no zero a zero, porque a ação perde o valor dos dividendos. "Se uma ação está negociada a R$ 10 na "data com" e distribui R$ 1 em dividendos, ela iniciará os negócios na "data ex" cotada a R$ 9. "Quem segue essa prática não gera valor algum", diz Schweitzer.
  • Achar que o desconto na "data ex" é prejuízo. Se o dividendo é descontado do preço da ação, será que vale a pena a estratégia? Schweitzer diz que esse desconto corresponde na verdade a uma parcela do fluxo de caixa da empresa. Em consequência, uma companhia com bons fundamentos vai continuar gerando caixa e valorizando no futuro. Além disso, os dividendos costumam representar dois terços do retorno total das ações no longo prazo.
  • Escolher uma ação apenas pelo dividendo. Os analistas recomendam olhar outros indicadores além dos pagamentos. É importante ver se a empresa consegue gerar caixa e acumular patrimônio, se precisa de novos investimentos para crescer, qual é o seu nível de endividamento e qual é o retorno que ela oferece, sobre o capital e sobre o patrimônio. Esses dados irão indicar se os dividendos são sustentáveis no longo prazo.

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