Presidente do Peru enfrenta votação de impeachment após Justiça negar adiamento
Por Marco Aquino
LIMA (Reuters) - O presidente peruano, Martín Vizcarra, enfrentará uma audiência de impeachment na sexta-feira após a corte constitucional do país rejeitar nesta quinta-feira uma apelação para adiar a iniciativa do Congresso para demovê-lo do cargo.
A presidente da corte, Marianella Ledesma, disse à rádio RPP que os juízes rejeitaram por cinco votos a dois a petição urgente de Vizcarra que pedia que o Congresso suspendesse debates sobre o impeachment.
Mas a corte acolheu - por seis votos a um - outro pedido do presidente para determinar se o Congresso excedeu seus poderes ao buscar seu impeachment, iniciando um processo que pode levar até dois meses para chegar a uma conclusão.
Isso significa que na sexta Vizcarra ou seu advogado devem estar diante do Congresso, onde ele não tem representação, em um momento em que o país está mergulhado em uma recessão econômica e em um dos piores quadros da pandemia global de coronavírus.
Parlamentares aprovaram na semana passada a abertura do processo de impeachment de Vizcarra por "incapacidade moral" em um caso envolvendo a contratação irregular de um cantor pouco conhecido chamado Richard Cisneros por 49.500 dólares.
O escândalo estourou após o vazamento de gravações de áudio que foram compartilhadas com o Congresso por parlamentares de oposição e que mostravam Vizcarra discutindo reuniões com o cantor. Alguns legisladores dizem que as gravações o mostram tentando minimizar suas relações com o artista.
(Reportagem de Marco Aquino)
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